BIÓPSIA LÍQUIDA NO DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE PULMÃO

  • Autor
  • Gabriel Rodrigues Jubé
  • Co-autores
  • Alice Rosado Soares dos Santos , Laila Luiza da Silva , Guilherme Martins , Julia Helou Santos Afiune , Lessandra Silva Bazi.
  • Resumo
  •  

    INTRODUÇÃO: O câncer de pulmão é uma das principais causas de morte conhecidas mundialmente, sendo que cerca de 75% dos indivíduos acometidos por essa enfermidade são diagnosticados de forma tardia ,em estágio avançado da doença. Ademais, os métodos diagnósticos disponibilizados atualmente como por exemplo tomografia computadorizada e tomografia por emissão de pósitrons (PET), possuem alta sensibilidade, contudo baixa especificidade, o que eleva a taxa de falso positivos, acarretando, muitas vezes, em procedimentos desnecessários. Além disso, essas ferramentas de diagnóstico são caras e altamente invasivas, podendo acarretar em riscos de complicações. Diante desses fatores, as biópsias líquidas de pulmão têm sido apontadas com grande interesse no âmbito da medicina, pois indica informações importantes de diagnóstico, prognóstico e resposta terapêutica, além de ser uma técnica que fornece melhor conforto para os pacientes. OBJETIVO: Discutir a segurança e eficácia da biópsia líquida na detecção, prognóstico e resposta terapêutica de câncer de pulmão. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão integrativa de literatura de estudos nas plataformas de dados “SciELO”, “PubMed” e “BVS”, utilizando os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) “Lung Cancer”, “Liquid Biopsy” e “Biomarkers” associados ao operador booleano “AND”. Após a triagem, foram selecionados 09 artigos publicados nos últimos 04 anos. RESULTADOS: A partir da análise dos artigos, foi observado que a utilização da biópsia líquida para a identificação de biomarcadores no câncer de pulmão pode ser válida quando os tecidos são de difícil alcance ou quando são necessárias múltiplas análises para o monitoramento da progressão do tumor e da resposta ao tratamento. A biópsia líquida é capaz de capturar e detectar células tumorais circulantes (CTC) - o que pode ajudar a identificar novos fatores prognósticos e diagnósticos - e também DNA tumoral circulante (ctDNA) - o que, além de reduzir o desconforto do paciente, torna viável o monitoramento dinâmico da resposta à terapia-alvo, a detecção de variantes de resistência e, em alguns casos, a antecipação da progressão da doença, representando uma vantagem às biópsias repetidas de tecido. Contudo, uma desvantagem desse tipo de procedimento é a falta de sensibilidade tanto à ausência de liberação de DNA tumoral na circulação, quanto à doença de carga baixa, o que reforça a importância das biópsias teciduais e do potencial de diferentes fluídos biológicos na análise do ctDNA. CONCLUSÃO: Portanto, conclui-se que a biópsia líquida, por ser pouco invasiva e altamente eficaz na identificação dos biomarcadores, se mostra como método promissor no diagnóstico e monitoramento das neoplasias pulmonares. Contudo, espera-se a realização de coortes de estudos maiores e verificações independentes antes de sua ampla utilização na prática clínica.

     

  • Palavras-chave
  • Câncer de Pulmão, Biópsia Líquida, Biomarcadores
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
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