INTRODUÇÃO: As minorias sexuais e de gênero são, cotidianamente, alvos de violências físicas e verbais em diversos contextos, como nos ambientes de trabalho, nos serviços de saúde e até mesmo dentro de casa. A discriminação sexual culmina em uma série de problemas, incluindo ansiedade, depressão e baixa autoestima, afetando negativamente o bem estar psicológico dessa população. Além disso, o preconceito sexual e de gênero também pode levar a comportamentos destrutivos, como abuso de substâncias e ideações suicidas. OBJETIVO: Entender os impactos da discriminação sexual na qualidade de vida e na saúde mental da comunidade LGBTQIA+. METODOLOGIA: Para a composição dessa revisão bibliográfica foram utilizados artigos obtidos em pesquisas na base de dados virtuais Google Acadêmico utilizando os Descritores em Ciência e Saúde (DeCS) “Preconceito”, “Saúde mental” e “Minorias sexuais e de gênero” entre os anos de 2019 e 2023. Os critérios de inclusão foram abranger os descritores em português e inglês e serem publicações entre 2019 e 2023. Já os critérios de exclusão foram artigos que não estavam dentro desse recorte temático temporal ou que estivessem em outra língua que não as anteriormente citadas. RESULTADOS: Os estudos demonstraram que os LGBTQIA+ são mais vulneráveis ao desenvolvimento de transtornos mentais, por fatores como a discriminação e o medo da violência, além do sentimento de não pertencer à sociedade heteronormativa. Tais situações causam sobrecarga psíquica que predispõe ou intensificam as doenças mentais e comportamentos destrutivos como, depressão, ansiedade generalizada, isolamento social e crises de identidade. Nesse sentido, as taxas de suicídio e tentativas de suicídio são mais altas entre pessoas LGBTQIA+ em comparação à mesma taxa na população hetero, isso pois vivem em um estado de estresse crônico causado pelo convívio constante com a discriminação. CONCLUSÃO: Em suma, a opressão e violência estrutural da sociedade contra as minorias sexuais e de gênero culminam em forte estresse psíquico, nocivo tanto à saúde mental quanto à qualidade de vida do ser. Por isso, o estabelecimento de ambientes seguros, inclusivos e livres de preconceito dentro do sistema de saúde é imprescindível para proteger a saúde mental e melhorar a qualidade de vida da comunidade LGBTQIA+.
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