INTRODUÇÃO: A vitamina C ou ácido ascórbico é um micronutriente essencial, que desempenha um papel importante em processos fisiológicos no corpo humano. O conceito de utilizar a vitamina C como um agente terapêutico para o tratamento do câncer foi introduzido pela primeira vez pelo químico Linus Pauling e pelo médico Ewan Cameron. Atualmente, segundo o próprio INCA (Instituto Nacional de Câncer), alimentos antioxidantes, ricos em ácido ascórbico (vitamina C), são recomendados, pois podem auxiliar na prevenção do câncer, inibindo a oxidação, produção de radicais livres e agindo como agente antitumoral. O ácido ascórbico funciona como um pró-oxidante e estimula a formação de peróxido de hidrogênio, o qual pode criar espécies reativas de oxigênio (ROS), que têm diretamente atividade citotóxica nas células cancerígenas. Além disso, a vitamina C pode estimular células do sistema imune e pode ter um efeito sinérgico com alguns tipos de quimioterapia e imunoterapia. No entanto, ainda existem muitas controvérsias sobre o papel da vitamina C na prevenção e tratamento do câncer, principalmente sobre como tal vitamina deve ser administrada, se por via oral ou por via intravenosa. OBJETIVO: Analisar a eficácia do ácido ascórbico (vitamina C) no tratamento do câncer e seu melhor método de uso. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de estudos coletados nas plataformas: "Pubmed" e “Cochrane Library”; por meio do uso de Descritores em Ciência da Saúde (DeCS): “Ascorbic Acid" e “Antineoplastic Agent”. Foram incluídos estudos em inglês, entre o período de 2015-2021; foram excluídos estudos repetidos e fora da temática proposta. RESULTADOS: Foi observado que as neoplasias apresentam deficiência de ácido ascórbico correlacionada com ingestão oral reduzida, processos de doença e tratamentos como radiação e quimioterapia. Além disso, viu-se que, de dezestudos, sete mostraram efeitos positivos do ácido ascórbico na sobrevivência de pacientes com câncer. Entretanto, foi observado que só ocorreu efeito positivo na melhora dos pacientes quando a vitamina C foi administrada via intravenosa, uma vez que dessa maneira a concentração sérica da vitamina atinge um valor significativo para gerar respostas contra o câncer. Além do mais, foi demonstrado que essa terapia é segura, não mostrando toxicidade significativa em doses de até 3 g/kg, sendo que as doses entre 1,5g/kg e 2,2g/kg já demonstraram resultados positivos, como a regressão do tumor. CONCLUSÃO: Portanto, a vitamina C se demonstrou eficaz no tratamento contra o câncer, principalmente quando aplicada via intravenosa.
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