INTRODUÇÃO: Os aneurismas são dilatações focais anormais adquiridas da parede de uma artéria no cérebro, e seu surgimento está associado a lesões adquiridas ou induzidas hemodinamicamente na parede vascular. Seu rompimento é a principal causa de hemorragia subaracnóide (HSA) e por ser uma complicação clínica grave, com alta taxa de mortalidade, morbidade e incapacidade; alta incidência global e prognóstico afetado pela gravidade da lesão e as complicações subsequentes da doença, seu estudo em contexto de emergência faz-se necessário. OBJETIVO: Discutir sobre a importância do correto e rápido manejo clínico, em contexto de emergência, em pacientes com suspeita e confirmação da ruptura de um aneurisma intracraniano, e consequente HSA, a fim de garantir o melhor prognóstico possível. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada no mês de maio de 2023 sobre o tema “Aneurismas intracranianos no contexto da emergência médica”. A busca bibliográfica dos artigos científicos referente ao tema foi limitada àqueles publicados entre 2020 e 2021, nas bases de dados Google Acadêmico e Scientific Eletronic Library Online (Scielo). Foram utilizados os descritores “hemorragia subaracnóidea", “aneurisma intracraniano” e “emergência”. Neste contexto, foram encontrados mais de 3000 artigos, dos quais foram, excluídos aqueles com que não se enquadrar no tema e que tinham mais de 5 anos, restando os 4 que foram utilizados para a produção deste trabalho. RESULTADOS: Os aneurismas intracranianos são distúrbios que apresentam como principal e grave consequência a HSA. O perfil epidemiológico mais predominante acometido mundialmente foram pessoas do sexo feminino; com idade média de 60 anos; tabagistas, portadores de hipertensão arterial sistêmica e Diabetes Mellitus. São assintomáticos até seu rompimento. Após, costumam apresentar cefaléia caracterizada como a “pior da vida”; compressão das estruturas adjacentes; paralisias oculares; vômitos; hemiparesias. Seu diagnóstico deve ser precoce e pode ser realizado através de exames de neuroimagem. Na sala de emergência busca-se proteger a via respiratória antes de uma descompressão clínica; assegurar uma pressão arterial adequada e observar sinais de elevação da pressão intracraniana. Essas intervenções iniciais buscam estabilizar e prevenir complicações como o edema pulmonar, arritmias e descompensação neurológica. CONCLUSÃO: Por fim, é possível observar a importância de reconhecer os sinais clássicos de apresentação da aneurisma, assim como seus fatores de risco, e formas de se fazer um diagnóstico precoce, afim de minimizar os danos neurológicos pós ruptura, que costumam sem graves, irreversíveis e até fatais.
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