INTRODUÇÃO: A obesidade grau III, conhecida como obesidade mórbida, é definida pelo Índice de Massa Corporal (IMC) maior ou igual a 40kg/m2 e, portanto, é o grau de obesidade de maior gravidade e mortalidade posto que o excesso de gordura intra-abdominal está intimamente relacionado com a maior prevalência de doenças crônicas não transmissíveis como diabetes e hipertensão que, assim sendo, somam para um pior prognóstico da doença. Por isso, é fundamental que o indivíduo tenha uma redução de peso importante a fim de diminuir o acúmulo de gordura e aumentar sua sobrevida. Então, como terapêutica para a obesidade, além da mudança de hábitos de vida, os procedimentos cirúrgicos são indicados com o intuito de garantir uma redução ponderal significativa e em longo prazo. OBJETIVO: Compreender como o procedimento balão intragástrico feito no pré operatório bariátrico pode interferir no prognóstico dos pacientes com obesidade grau III. METODOLOGIA: Para a construção desta revisão descritiva da literatura, foi feita uma busca nos bancos de dados Pubmed e Scielo, em que artigos entre 2014 a 2020 foram selecionados, nas línguas portuguesa e inglesa. Os Descritores em Ciências da Saúde (Decs) usados foram “Obesidade Mórbida”, “Cirurgia Bariátrica” e “Endoscopia”. Foram excluídos artigos que não estavam disponíveis na íntegra. RESULTADOS: A técnica minimante invasiva do balão intragástrico via endoscópica é uma intervenção transitória para pacientes com obesidade a fim de obter redução ponderal significativa através da sensação de maior saciedade e plenitude gástrica estabelecida no paciente. Assim, os estudos demonstram uma redução ponderal de 13 a 20kg durante os 6 meses de intervenção associado a melhora do perfil metabólico do paciente. Em outro cenário, a cirurgia bariátrica, apesar de ser considerada padrão ouro do tratamento para obesidade mórbida, apresenta importantes complicações durante e após o ato operatório, como fistulas e embolia pulmonar, posto que, em sua maior parte, são pacientes que possuem doenças cardiovasculares e circulatórias associadas. Então, para diminuir os riscos cirúrgicos, foi descrito o uso do balão intragástrico no pré operatório visto que, com o procedimento, há a diminuição do volume do fígado e vísceras, maior facilidade da técnica e redução do tempo cirúrgico e da perda sanguínea e, portanto, atua como uma ponte para a realização da cirurgia bariátrica segura e com menor risco em pacientes com obesidade mórbida. CONCLUSÃO: Por fim, é notório que o principal objetivo das terapias para a obesidade é a redução ponderal significativa. Entretanto, apesar da cirurgia bariátrica ser considerada padrão ouro de tratamento da doença, há grandes complicações. Assim, a diminuição ponderal, resultado do uso do balão intragástrico no pré operatório, acarreta na melhora do perfil metabólico e circulatório do paciente e, com isso, as complicações do ato cirúrgico são reduzidas e o prognóstico é impactado positivamente.
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