INTRODUÇÃO: O câncer é a segunda principal causa de morte no mundo, com destaque para o câncer de colo do útero, que apesar da contribuição de programas de rastreio como a colpocitologia oncótica e a colposcopia, ainda afetam uma grande parcela de mulheres. Os tratamentos quimioterápicos, apesar de apresentarem alta eficácia, podem acarretar em problemas como falência ovariana e infertilidade. Em vista disso, a oncofertilidade surge como uma nova área multidisciplinar que visa a redução de sequelas e a preservação da função reprodutiva nas pacientes. OBJETIVO: Descrever as principais formas de preservação da fertilidade em pacientes durante o tratamento de câncer do colo do útero e contribuir para a escolha mais adequada do método de preservação da capacidade reprodutiva. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada por meio de busca nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), SciELO e ScienceDirect, a partir dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS/MeSH) e os operadores booleanos seguintes: “preservação da fertilidade” AND “neoplasias do colo do útero”. A busca foi realizada em abril de 2023 e. Os critérios de inclusão foram: artigos originais na íntegra, entre os anos de 2012-2022, em português, inglês ou espanhol. Excluiu-se textos incoerentes com o tema abordado, que não respondessem à questão norteadora da pesquisa, bem como cartas ao editor, editoriais, artigos de revisão e relato de casos. RESULTADOS: Foram selecionados 10 artigos, os quais mostram que as principais formas de preservar a fertilidade no tratamento do câncer do colo do útero são a traquelectomia, utilizando de técnica cirúrgica minimamente invasiva; quimioterapia neoadjuvante, utilizada para potencializar o efeito antineoplásico dos demais tratamentos; conização cervical, capaz de preservar maior quantidade de tecido cervical; terapia fotodinâmica, principalmente em combinação com cirurgia de alta frequência; preservação ovariana e uso de metronidazol associado à ausência de relações sexuais, que além de preservarem a fertilidade ainda diminuem a morbidade e mortalidade infantil e prematuridade. CONCLUSÃO: Em suma, é evidente que as principais formas de preservação da fertilidade em pacientes durante o tratamento de câncer do colo do útero garantem uma melhor qualidade de vida à mulher, já que além de tratarem a sua neoplasia em si, ainda lhe asseguram a fertilidade. Dessa forma, o profissional da saúde deve conhecer essas formas e ofertar para a paciente propostas a fim de alcançar a cura da neoplasia, a possibilidade de ter filhos e uma melhor qualidade de vida. Este estudo limitou-se pela escassez de artigos que abordam as formas de preservação de fertilidade em pacientes com neoplasia de colo de útero.
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