INTRODUÇÃO: A meditação é uma prática milenar de origem associada a filosofias orientais.A prática se baseia no relaxamento corporal com a diminuição da frequência respiratória, e naconcentração em algum foco – como a observação dos músculos da respiração, algum som,cheiro etc.O desafio é observar os pensamentos procurando não segui-los nem gerar emoções com eles, de modo imparcial. Com isso, o objetivo é unir a mente, o corpo e a alma do indivíduo, visando alcançar um estado de clareza mental e emocional.OBJETIVO: Discutir a influência da meditação no sistema nervoso central.METODOLOGIA: Trata-se de umarevisão integrativa de literatura realizada em maio de 2023, sobre o tema “A influência da meditação no sistema nervoso central”. A busca bibliográfica referente ao tema foi limitada aos artigos publicados entre 2018 e 2023nas bases de dados PUBMED e Scientific Eletronic Library Online (Scielo). Foram utilizados os descritores “Meditation, Brain, Mindfulness, Central Nervous System, Neuroscience”. Nesse contexto, muitos artigos foram encontrados, foram excluídos aqueles que não tratavam sobre o tema no contexto pretendido desse resumo, restando apenas 5, dos quais foram abordados nesse trabalho. RESULTADOS: Estudos feitos a partir exames de imagem e ressonâncias magnéticas sugerem que a meditação afeta a plasticidade neuronal, havendo mudanças tanto na substância cinzenta quanto na substância branca em indivíduos que tiveram práticas meditativas. A meditação possuiu potencial em promover a neuroplasticidade, ou mudanças efetivas e duradouras em diferentes funções cerebrais. A prática tem como consequência uma maior ativação de áreas relacionadas às funções executivas, às emoções e à memória. Essa capacidade de alteração da resposta cerebral evidencia efeitos benéficos da meditação na eficiência do controle cognitivo, da alocação da atenção, e do controle do estresse. Sendo assim, o hábito de relaxar e focar na sua respiração pode alterar condições clínicas como estresse crônico, asma, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade e ansiedade. CONCLUSÃO: Conclui-se que, independentemente do nível ou tempo de prática, a meditação causa mudanças estruturais e funcionais em redes cerebrais de larga escala, levando à alterações no sistema nervoso central.
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