INTRODUÇÃO: Os padrões corporais já passaram por inúmeras intercorrências no decorrer da história da humanidade, mas uma temática perdura, a insatisfação com a imagem corporal e o constante almejo pela mudança do próprio corpo em busca de se enquadrar nos padrões estabelecidos pela sociedade como “ideais”. Ademais, no contexto social contemporâneo, os veículos de informação digitais assumiram um papel de consolidadores e de disseminadores desses padrões corporais, comitantemente, os procedimentos estéticos perduram esse estímulo criado pelas redes sociais. Dessa forma, na realidade contemporânea, a cirurgia plástica é vista, de maneira presunçosa, como um meio para chegar no inalcançável “corpo perfeito”. OBJETIVO: Analisar a interferência das mídias sociais perante a imagem corporal feminina corroborando para realização de cirurgia plástica no Brasil. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada a por meio da consulta de artigos nas bases de dados da Literatura Latino Americana e do Caribe em ciências de saúde (LILACS), Public/Medline ou Publisher Medline (PUBMED) e Scientific Eletronic Library online (SCIELO). Utilizou-se artigos completos publicados no período de 2017-2022, nos idiomas português e inglês, sendo utilizados, para a pesquisa, como descritores de saúde (DeCS): “Cirurgia Plástica”, “Estética”, “Rede Social”, “Mídia Social”, “Imagem Corporal”, “Insatisfação Corporal” e seus respectivos correspondentes em língua inglesa. RESULTADOS: Pela análise dos estudos é visível que os veículos midiáticos, uma vez que consolidados no espectro social contemporâneo, têm implicações diretas na imagem corporal das pessoas que fazem uso desses meios. Nesse contexto de análise, é observado que as redes sociais têm um papel fundamental na definição de “perfeição corporal” e dos parâmetros físicos que devem ser almejados pela sociedade, por meio da promoção exacerbada de padrões estéticos específicos, do enaltecimento de personalidades influentes e da coerção emocional. CONCLUSÃO: Dessa forma, a partir dos resultados obtidos é evidente que, o uso das redes sociais está atrelada à insatisfação corporal. Nesse sentido, o indivíduo é reprimido e decai em sentimentos de indecisão, ansiedade e incômodo com estado atual do próprio corpo, que, por ter sua imagem corporal vista como não ideal, em contraste com os padrões estruturados pelos veículos midiáticos, se sente insatisfeito com seu corpo e é induzido a procurar por meios que o permitam alterações em sua aparência, sendo um desses meios a cirurgia plástica, que é, muitas vezes, uma medida somente paliativa nesse espectro de coerção social da estética corporal.
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