INTRODUÇÃO: O câncer de mama é uma patologia extremamente temida entre as mulheres, por não só ter uma alta prevalência, mas também por seus efeitos negativos na autoestima e na qualidade de vida dessas mulheres, além dos impactos psicológicos prevalentes. Essa condição ainda se encontra como uma das principais causas de morte entre as mulheres no Brasil, sendo a neoplasia mais comum. Além disso, é evidente que a maior prevalência do câncer de mama se estabelece entre as mulheres com idade mais avançada, porém não descarta a possibilidade de desenvolvimento em mulheres mais novas. Por isso, há fatores de risco que agravam, mas também existem fatores que auxiliam a prevenir o aparecimento da doença. O aleitamento materno é preconizado até os 2 anos de idade da criança, devendo ser exclusivo até os 6 meses, uma vez que tem benefícios nutricionais, imunológicos e emocionais para o bebê. Ademais, a amamentação é o primeiro e mais forte laço entre a mãe e o filho, sendo importante para o desenvolvimento de todos os aspectos da criança, além de ser benéfico também para a mãe. OBJETIVO: Compreender a influência do aleitamento materno na prevenção e proteção contra o desenvolvimento de câncer de mama. METODOLOGIA: trata-se de uma revisão integrativa de literatura com pesquisa pelos descritores DeCS/MeSH “breast feeding” e “breast cancer”, associados ao operador booleano “AND” nos idiomas português e inglês, nas bases de dados PubMed, Google Acadêmico, Scielo e Lilacs. Foram excluídos artigos que não apresentavam a relação bem estabelecida entre o aleitamento materno e a prevenção de câncer de mama, totalizando nos 14 artigos utilizados. RESULTADOS: Observou-se que o desenvolvimento de câncer de mama se dá principalmente em mulheres acima dos 50 anos e a gestação tardia é um dos fatores de prevalência da doença. A amamentação se mostrou como principal fator de redução do risco do desenvolvimento de câncer de mama, devido à liberação de células transformadoras pela produção de leite, inibindo o crescimento celular, a ocorrência de trocas secretoras e a proliferação celular. Foi comprovado que a amamentação por tempo prolongado tem menores riscos de desenvolver o câncer, porém este prolongamento da amamentação não exclui a probabilidade do aparecimento da patologia, e sim a redução dessa taxa. CONCLUSÃO: o aleitamento materno é o principal fator para a redução do risco de desenvolvimento do câncer de mama, sendo a amamentação por tempo prolongado um fator potencializador de proteção contra essa patologia tão comum e tão temida. Por isso, há uma grande mobilização para eternizar o incentivo do aleitamento materno e principalmente orientar sobre o aleitamento exclusivo e prolongado para todas as mulheres.
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