INTRODUÇÃO: A integração dos cuidados paliativos na rotina de cuidados de pacientes com câncer está associada ao aumento da sobrevida, melhora da qualidade de vida, alívio de sintomas causados pelo adoecimento e redução do sofrimento psicológico para pacientes e familiares. O cuidado paliativo em oncologia pediátrica deve contemplar três níveis de intervenção: físico, referente a sintomas como dor e náusea; psicossocial, como identificação de medos e preocupações; e espiritual. Para que esses pilares intervencionistas sejam abrangidos, a maioria desses cuidados são fornecidos pela equipe multidisciplinar de oncologia. Nesse sentido, o trabalho integrado interdisciplinar/ interprofissional apresenta melhor comunicação e envolvimento dos sujeitos envolvidos, paciente e sua família, abrangendo médicos, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas, assistentes sociais e psicólogos, entre outros profissionais. Dessa forma, destaca- se a necessidade da discussão sobre a relevância de uma equipe específica para o tratamento de crianças vítimas de câncer em estado paliativo, uma vez que a dor do paciente não está somente relacionada a sua patologia. OBJETIVO: Identificar a importância de uma equipe multidisciplinar em cuidados paliativos de crianças com câncer. METODOLOGIA: Trata- se de uma revisão integrativo de estudos coletados nas plataformas: PubMed, SciElo, BVS e LILACS; utilizando os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Palliative Care”, “Pedriatic”, “Câncer” e “Multidisciplinar”. Foram incluídos estudos no idioma inglês e português, disponíveis na íntegra, realizados entre 2018 e 2022. Literaturas destoantes da temática abordada e com repetição entre as plataformas foram excluídos. RESULTADOS: Diretrizes clínicas recentes e sugestões para padrões de atendimento para cuidados paliativos enfatizaram a importância de avaliações psicossociais de rotina, introdução precoce de clínicos psicossociais primários que podem fornecer tratamento a pacientes e seus familiares e uma equipe interdisciplinar de cuidados paliativos, auxiliando no tratamento integral e total do paciente como um todo. Foi observado que equipes multidisciplinares em que os pais e as crianças que recebem informações detalhadas e participam de discussões sobre o prognóstico, reduziram a ansiedade, os sentimentos de isolamento, medo e tiveram maior adaptação à doença. Ademais, a possibilidade de falar sobre a própria morte e de lidar com lutos pessoais foram sinalizadas como essenciais em estudos feitos. Foi analisado também, que uma comunicação de alta qualidade da equipe multidisciplinar pode facilitar um maior foco nesses domínios (físico, psicossocial e espiritual) e levar a melhores resultados, melhorando a avaliação da qualidade de vida, envolvendo a criança e a família no processo de avaliação. CONCLUSÃO: Portanto, a equipe multidisciplinar demonstrou ser eficaz e extremamente necessária para o tratamento em crianças com câncer que estão em cuidados paliativos.
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