O USO TERAPÊUTICO DE CANNABIS NA DOENÇA DE ALZHEIMER

  • Autor
  • Gabriela Silvestre Costa Silva
  • Co-autores
  • Ana Gabriela Brandão Silva , Enzo Carraro , Laís Moulin Lima Rezende de Castro , Yunen Mikhael Andraus , Leandro Nascimento da Silva Rodrigues
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A neurodegeneração que leva à doença de Alzheimer (DA) tornou-se um grande problema de saúde em todo o mundo. Atualmente, não há terapêutica disponível na prática clínica para prevenir a neurodegeneração. Assim, tendo em vista a demanda por novas formas de tratamento contra a DA, este estudo visa fornecer e avaliar as evidências disponíveis sobre os efeitos adversos e benéficos do uso medicinal de cannabis como um potencial alvo de drogas para retardar a neurodegeneração. OBJETIVO: Discutir sobre a eficácia do uso de cannabis para fins terapêuticos em pacientes com DA. METODOLOGIA: O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura na modalidade integrativa. A partir de 50 artigos analisados nas plataformas PubMed, Scielo, Scholar Google e BVS, 12 foram selecionados, utilizando os descritores em saúde na língua inglesa “Doença de Alzheimer”, “Cannabis”, “Maconha Medicinal”. Os critérios de inclusão foram artigos publicados entre o período de 2017 a 2023, que abrangiam o tema proposto. Já como critério de exclusão, foram descartados artigos não relacionados ao tema e produzidos anteriormente do período mencionado. RESULTADOS: A DA é caracterizada por depósitos extracelulares de placas beta-amilóides. Nesse sentido, os estudos mostram que o canabinóide pode diminuir os efeitos da toxicidade beta-amilóide devido ao seu poder de antioxidante, anti-inflamatório e de neuroprotetor. Por conseguinte, os compostos que elevam os níveis de endocanabinóides diminuem os efeitos tóxicos do beta-amilóide. Desse modo, ao compreender essa cascata molecular, fica fácil de entender que a cannabis diminui sintomas associados a esse distúrbio, por exemplo, a melhora da ingestão de alimentos, a qualidade do sono, ritmo circadiano e diminui a agitação. Por outro lado, a administração de drogas canabinóides deve ser altamente regulada a fim de evitar efeitos adversos graves em pacientes com DA devido à toxicidade da droga exercida no cérebro neurodegenerativo, além de um possível desenvolvimento de dependência. Logo, levanta-se um argumento controverso do uso medicinal de cannabis para pacientes com Alzheimer. CONCLUSÃO:  Com os dados acima mencionados discutidos, fica claro que as drogas terapêuticas à base de cannabis são eficazes para o tratamento dos sintomas da DA e, portanto, sugere-se que a cannabis pode retardar a sua progressão. No entanto, a administração crônica de cannabis pode levar a deficiências cognitivas e dependência

  • Palavras-chave
  • Doença de Alzheimer Cannabis, Maconha Medicinal.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
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