IMPACTO DA ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON

  • Autor
  • Thalysson de Souza Rangel
  • Co-autores
  • Maria Eduarda Ivo dos Santos , Gabriel Costa De Oliveira Teixeira Alvares , Vitor Ramos Dayrell Pereira , Lara Marques Barreto Meneses , João Baptista Carrijo
  • Resumo
  •  

    INTRODUÇÃO: A doença de Parkinson (DP) é um transtorno neurodegenerativo decorrente da diminuição da produção da dopamina no corpo estriado, resultando em sintomas motores e não motores, como tremores, rigidez muscular, instabilidade postural e bradicinesia. No tratamento, o principal medicamento utilizado é a levodopa, que visa restaurar os níveis de dopamina na região estriatal. Com o tempo, os sintomas tendem a aumentar em função da progressão do processo degenerativo sobre a substância negra, sendo necessário aumento da dose e incorporação de outros medicamentos. Porém, a levodopaterapia pode levar a flutuações motoras no paciente. Dessa forma, surge a técnica da estimulação cerebral profunda (ECP) como um meio de melhorar os sintomas motores, assim como minimizar as flutuações e discinesia na DP. OBJETIVO: Avaliar o impacto da ECP nos pacientes com DP. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com artigos obtidos por meio de busca nas bases de dados SciELO e PubMed utilizando os descritores “Estimulação cerebral profunda” e “Doença de Parkinson”. Foram incluídos artigos originais e completos, produzidos entre 2018 e 2023. Artigos que não se relacionavam ao objetivo da pesquisa foram excluídos, sendo selecionados 10 ao final. RESULTADOS: A ECP é realizada com a implantação de um neuroestimulador na região torácica ou abdominal do paciente, conectado a fios que transmitem os impulsos elétricos ali produzidos a um eletrodo implantado na região cerebral. Esses pulsos ajudam a regular a atividade cerebral anormal associada à DP. Acredita-se que a ECP funciona como a ablação, inibindo a atividade do Núcleo Subtalâmico ou do Globo Pálido Interno. Esse procedimento trouxe melhora significativa no humor depressivo e na qualidade de vida, com acentuada diminuição dos sintomas parkinsonianos e flutuações motoras. Também houve redução da dose de levodopa utilizada no pós-operatório e ganho de pontuação em escores sociais e ocupacionais específicos. As principais desvantagens desse procedimento envolvem a não melhora os distúrbios da fala e as perdas cognitivas importantes, com diminuição da velocidade de processamento cognitivo e da fluência verbal. Vale ressaltar que esse procedimento é recomendado apenas para pacientes que possuem menos do que setenta anos e que não apresentem problemas psiquiátricos e cognitivos avançados. CONCLUSÃO: Conclui-se que os pacientes com DP submetidos à técnica de ECP subtalâmica ou palidal apresentam uma melhora considerável da qualidade de vida, sendo um grande adjuvante no combate à DP. Atualmente, essa técnica é recomendada para o tratamento de alguns sintomas, desde que abordagens mais conservadoras não tenham funcionado. Entretanto, outros, como a fluência verbal, apresentaram piora significativa. Assim, cada paciente deverá ser avaliado individualmente, considerando os sintomas, o tempo de evolução, os efeitos adversos e os possíveis riscos cirúrgicos.

  • Palavras-chave
  • Doença de Parkinson, Estimulação Encefálica Profunda, Sintomas motores.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
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