INTRODUÇÃO: O Transtorno Dismórfico Corporal (TDC) consiste na distorção da imagem que o paciente tem sobre si mesmo, de forma que haja uma constante busca pelos padrões impostos pela sociedade. Sendo assim, grande parte desses pacientes encontram na Cirurgia Plástica Estética (CPE) uma forma de alcançar esse objetivo. Atualmente, o Brasil é considerado um dos países que mais realiza CPEs, dentre esses pacientes, até 53% corresponde a indivíduos com TDC. OBJETIVO: Esse trabalho tem o intuito de avaliar a influência do Transtorno Dismórfico Corporal na busca por Cirurgia Plástica Estética e quais são as condutas a serem tomadas pelos cirurgiões plásticos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura acerca da relação entre as CPEs e o TDC. Dessa forma, os artigos utilizados foram obtidos a partir das bases de dados BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e o Google Acadêmico. Ademais, a partir do DeCS (Descritores em Ciência e Saúde) foram obtidos os seguintes descritores: “Cirurgia plástica”, “Cirurgia estética”e “Transtorno Dismórfico Corporal”, e foi estabelecido que somente artigos originais publicados nos últimos 10 anos (2013-2023), obtendo uma amostra textual de 5 artigos. RESULTADOS: De acordo com os trabalhos encontrados, percebeu-se que a maioria dos pacientes que buscam CPE apresentam algum grau de TCD. Isso ocorre porque indivíduos com Transtorno Dismórfico Corporal apresentam uma resposta emocional negativa diante da visão de seus corpos, buscando assim diversos cosméticos e procedimentos estéticos que os ajudem a alcançar um ideal de beleza. Contudo, esse padrão estabelecido dificilmente é atingido, sendo assim, esse paciente continua a recorrer de forma obsessiva a métodos cirúrgicos para suprimir essa insatisfação corporal. Por isso, torna-se essencial que os cirurgiões através da história clínica do paciente e com uso de escalas, como a Body Dysmorphic Disorder (BDDE), saibam identificar pacientes que apresentem esse transtorno e como deve ser feito manejo deles, visto que, o TCD não é uma contraindicação para CPE, exceto em casos mais graves dessa doença, onde é necessário recorrer a uma intervenção multidisciplinar. CONCLUSÃO: Em destarte, conclui-se que a fisiopatologia do Transtorno Dismórfico Corporal contribui para uma busca excessiva de procedimentos cirúrgicos de caráter estético e cabe aos cirurgiões plásticos identificarem a gravidade desse transtorno e avaliar qual conduta deve ser realizada em prol do bem-estar do paciente.
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