ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA EM CRIANÇAS COM DISTONIA, DESAFIOS E OPORTUNIDADES.
INTRODUÇÃO: A Estimulação Cerebral Profunda (ECP) tem se destacado como abordagem terapêutica promissora para crianças com distonia refratária. No entanto, seu uso enfrenta desafios, como a seleção adequada de candidatos e os ajustes dos parâmetros de estimulação. Esta revisão sistemática de literatura tem como objetivo analisar a eficácia da ECP, identificar desafios e oportunidades associados e destacar lacunas de conhecimento. Com base nos resultados, pretende-se fornecer orientações para a prática clínica e direcionar pesquisas futuras, visando aprimorar os resultados terapêuticos e a qualidade de vida das crianças com distonia. OBJETIVO: Buscar responder a seguinte questão: ´´Quais os desafios e oportunidades da estimulação cerebral profunda (ECP) em crianças com distonia? ``. METODOLOGIA: Trata-se de uma Revisão Sistemática realizada no ano de 2023. Foram usados como base de dados o Pubmed e o Scientific Electronic Library Online (SciELO), por meio dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Distonia, Estimulação encefálica profunda e Crianças”. Foram selecionados 15 artigos no Pubmed e 7 no SciELO, nos anos de 2022 e 2023. Após a leitura, foram escolhidos 12 em português, inglês e espanhol, utilizando como critério de exclusão aqueles que não atingiam o objetivo proposto pelos escritores ou artigos em outras línguas que não as citadas. RESULTADOS: A ECP na distonia focal revelou achados promissores. Mais da metade dos pacientes com essa condição apresentaram distúrbios do sono relacionados à depressão. A ECP no globo pálido interno (GPi) não impactou significativamente a função cognitiva. Além disso, a ECP demonstrou eficácia no alívio da dor em pacientes com distonia, independentemente da sua causa. Esses resultados destacam o potencial da estimulação neural profunda como tratamento para melhorar a qualidade de vida das crianças com essa condição. CONCLUSÃO: Conclui-se que a estimulação do GPi via ECP em crianças com distonia primária exibiu melhoras consideráveis em outras sintomas associados, especialmente os cognitivos, apesar de não evidenciar uma melhora considerável na própria hipertonia. Além disso, percebeu-se a limitação literária no assunto e a necessidade de estudos de diferentes estímulos encefálicos a depender da clínica e dados e momento neural; também foram claros outros fatores limitadores do procedimento, como alto custo, e risco cirúrgico.
Palavras-chaves: Distonia; Estimulação encefálica profunda; Crianças.
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