INTRODUÇÃO: A obesidade consiste em um importante fator de risco para o desenvolvimento de infarto do miocárdio (IM), sendo uma das principais patologias de interesse médico e responsável por altos índices de mortalidade cardiovascular, afetando tanto homens quanto mulheres. Tal afecção é baseada na interrupção parcial ou total do fluxo sanguíneo das artérias coronárias, por um período de tempo suficiente para que ocorra a morte das células do miocárdio, que pode ser desencadeada a partir de fatores não modificáveis, no qual inclui a idade, raça, sexo e hereditariedade. Essa interrupção pode ocorrer qualquer segmento das coronárias, mediante esforços físicos ou estresse emocional, identificado por dor “em pontada” no peito, compressão em região retroesternal ou precordial, dor em região epigástrica e mandíbula, que pode irradiar para membro superior esquerdo. No entanto, estudos recentes demonstraram que a atividade anti-inflamatória de algumas adipocinas e fatores de crescimento revolucionou o tratamento de tecidos do miocárdio que sofreram infarto, reduzindo a morbimortalidade dos pacientes. OBJETIVO: Avaliar a eficácia do uso de fatores de crescimento e adipocinas na regeneração do miocárdio em pacientes obesos acometidos por infarto. METODOLOGIA: O presente estudo é um resumo simples, na modalidade integrativa, a partir de trabalhos publicados nas bases de dados Brasil Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando os descritores “Regeneração Cardíaca”, “Infarto do Miocárdio” e “Obesidade”. Foram selecionados artigos originais, publicados nos últimos cinco anos, que responderam ao objetivo. RESULTADOS: Alguns estudos mostram testes feitos, tanto em animais quanto em humanos obesos, que há um maior índice de brown adipose tissue (BAT), porém, é menos ativo, com menor expressão de proteínas desacopladoras do tipo 1 (UCP1), limitando o seu potencial protetor. Há pouco tempo, demonstrou-se que peptídeos natriuréticos (NPs), além da sua relevância na atividade circulatória, têm um trabalho na regulação do consumo de energéticos e na regulação do tecido adiposo, interferindo na liberação de adipocinas. Nesse sentido, há impacto positivo das adipocinas no manejo do infarto do miocárdio, com a redução de complicações e diminuição da mortalidade. Além do estudo ser considerado relevante e inovador, o papel das adipocinas e fatores de crescimento presentes em tecidos adiposos marrons, diminuem as complicações geradas pelo infarto do miocárdio. CONCLUSÃO: A regeneração do miocárdio a partir de fatores de crescimento e adipocinas presentes em tecidos adiposos marrons são mecanismos relevantes, porém, é uma área que merece ser acompanhada de perto, o que poderia permitir uma melhor abordagem ao paciente acometido por infarto do miocárdio.
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