INTRODUÇÃO: Em dezembro de 2019, surgiu uma nova doença, Sars-Cov2, denominada de Covid-19, que cursa com quadros respiratórios com diversas complicações graves, por conta disso, a Organização Mundial de Saúde declarou pandemia em março de 2020. Assim, a pandemia do covid-19 trouxe diversos impactos, dentre destes, a suspensão de muito dos serviços de transplante brasileiro, o que afetou os números de transplantes e a taxa de doadores efetivos, bem como, aumentou os riscos dos transplantes de órgãos, devido à chance de infecção. Com isso, demonstra-se a importância de pesquisas sobre tal temática a fim de se compreender os impactos, melhorar a saúde pública e prevenir tais consequências em situações pandêmicas. OBJETIVO: Identificar as principais consequências da pandemia do COVID-19 sob os transplantes de órgãos. METODOLOGIA: Esta pesquisa trata-se de uma revisão integrativa de literatura cuja construção foi por meio da busca nos bancos de dados: Google Acadêmico, Scielo (Scientific Electronic Library Online) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), através da utilização dos Descritores das Ciências em Saúde (DeCS): Transplante de Órgãos, COVID-19 e Pandemias. O período de construção do trabalho foi no mês de abril de 2023, por meio da seleção criteriosa de 10 artigos. Ademais, os fatores de inclusão utilizados foram artigos originais, textos em inglês e português, sendo os fatores de exclusão revisões de literatura e fontes publicadas há mais de 5 anos. RESULTADOS: Diante da análise dos artigos, observou-se consequências da pandemia do COVID-19, não somente nos receptores de órgãos, mas também nos doadores e até mesmo na equipe de saúde, por meio da redução do número de doadores e transplantes durante o período de 2020. Ademais, as principais consequências nesta conjuntura de transplantes diante da pandemia foram as limitações físicas, como redução do número de leitos de UTI, ausência de protocolos homogêneos para terapêutica, insegurança quanto a imunossupressão e efeitos disso, por conseguinte, na progressão do COVID-19, o dano emocional nos profissionais de saúde e pacientes. Por fim, destaca-se que houve redução significativa de transplantes no Brasil durante a pandemia, sendo o transplante pulmonar o mais afetado, enquanto o hepático foi o menos afetado, havendo também aumento também quanto aos pacientes na lista de espera para transplantes de coração e de rim. Em relação ao transplante de córnea também houve redução quanto ao número realizado. CONCLUSÃO: Nesse cenário dos transplantes, observou-se que as principais consequências da pandemia foram a diminuição do número de leitos, problemas emocionais em pacientes e nos profissionais, inseguranças quanto a imunossupressão e falta de protocolos homogêneos nos tratamentos. Assim, a conjuntura pandêmica reverberou uma redução de transplantes de órgãos, demonstrando as consequências da pandemia do COVID-19 e a necessidade de estratégias futuras para reduzir esses impactos negativos.
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