INTRODUÇÃO: Fístula é a passagem patológica entre duas ou mais estruturas anatômicas, a qual pode ocorrer no momento pós-operatório. Portanto, a fístula pancreática consiste na fuga do suco pancreático para os tecidos abdominais que acontece mediante cicatrização inadequada da união entre pâncreas e intestino pós-intervenção cirúrgica. Contudo, seus fatores de risco ainda não foram bem esclarecidos. OBJETIVO: Identificar os fatores de risco relacionados ao desenvolvimento de fístulas pancreáticas pós-operatórias. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão bibliográfica integrativa através da análise de 5 publicações, cuja busca ocorreu por meio das bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Google Scholar e os Descritores em Ciência e Saúde (DeCS/MESH) “Pancreatic Fistulas”, “Postoperative” e “Risk Factors”. Os critérios de inclusão foram: artigos completos em inglês ou português publicados nos últimos 5 anos e que atendiam à temática proposta. Já os critérios de exclusão foram: trabalhos incompletos e/ou que não abordassem o tema exposto. RESULTADOS: Todos os estudos afirmam que a consistência do tecido pancreático interfere no aparecimento de fístulas, uma vez que a textura frágil e macia é diretamente proporcional ao surgimento da problemática. Ademais, há concordância de que a duodenopancreatectomia e a grande perda de sangue durante o procedimento são fatores de risco de fundamental importância. Entretanto, houve discordância em relação aos fatores de risco não modificáveis, já que o sexo masculino e a idade avançada não são citados por todas as pesquisas. Além disso, o aparecimento das fistulas com o índice de massa corpórea (IMC) elevado e a alta porcentagem de tecido adiposo no paciente foram fatores relativos. CONCLUSÃO: Por conseguinte, conclui-se que o surgimento das fístulas pancreáticas é decorrente de fatores de risco modificáveis e não modificáveis e que a abordagem individualizada é de extrema importância na redução de sua incidência. Dessa forma, define-se como principal responsável pelo surgimento da patologia, o aspecto tecidual pancreático, sendo que, quanto mais frágil o tecido, maiores são as chances da fístula pancreática ocorrer. Por fim, o presente artigo ressalta a importância de mais pesquisas na área, para que a divulgação e relevância do tema sejam propagados, de forma incisiva, para a equipe da saúde.
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