INTRODUÇÃO: A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. Diante disso, sabe-se que o cuidado à pessoa com deficiência, no Brasil, se constitui por serviços de caráter assistencialista e hospitalocêntrico. No entanto, a falta de acesso aos serviços de saúde e de reabilitação mostram-se como os principais problemas enfrentados, apontando a fragilidade do sistema de saúde e a precariedade das condições de vida intrínsecos a essa população. Dessa forma, torna-se relevante o estudo sobre essa temática, com a finalidade de entender as dificuldades inerentes à atenção integral à saúde da criança e do adolescente portador de deficiência na atenção primária e promover ações que visem melhorar as oportunidades e ações que contribuam com o desenvolvimento físico, mental e social. OBJETIVO: Analisar a atuação da Atenção Primária na abordagem e cuidado da criança e do adolescente portador de deficiência. METODOLOGIA: O presente artigo trata-se de uma revisão de literatura integrativa baseada em 8 artigos, os descritores utilizados foram: criança, adolescente, deficiência e Atenção Primária, sendo aplicado o operador booleano AND. Foram incluídos artigos publicados nos últimos 5 anos, disponíveis gratuitamente na Biblioteca Virtual em Saúde e na SciELO, coerentes com a abordagem do tema e disponíveis em português, sendo excluídas as revisões de literatura. RESULTADOS: A partir dos artigos foi possível perceber que os serviços especializados voltados ao cuidado de crianças e adolescentes com deficiência têm uma integração frágil com a ESF (Estratégia de Saúde da Família), por não levarem em consideração a condição financeira e qualidade de vida das crianças e adolescentes com deficiência no momento de construir o devido esquema terapêutico, logo, as orientações prestadas não são compatíveis com a realidade do indivíduo. Além disso, as equipes da ESF possuem limitação de conhecimento, ausência de protocolo específico, falta de suprimentos e barreiras na organização e na estrutura dos serviços a serem utilizados para a construção de um projeto que englobe a realidade do paciente e as abordagens terapêuticas necessárias. CONCLUSÃO: Por fim, conclui-se que a atenção integral à saúde da criança e do adolescente com deficiência na atenção primária apresenta algumas problemáticas, que impedem o seu funcionamento adequado e sua atuação com eficiência. Sendo assim, é necessário ofertar uma atenção integral a esses indivíduos, promovendo uma abordagem familiar e comunitária, além de garantir a articulação e a integração dos pontos de atenção das redes de saúde do território, qualificando o cuidado oferecido ao usuário.
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