INTRODUÇÃO: As infecções sexualmente transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Elas são transmitidas, principalmente, por meio de contato sexual (oral, vaginal ou anal) sem o uso do preservativo masculino ou feminino, com uma pessoa que esteja infectada, mas pode ocorrer também de maneira vertical entre mãe e filho. Essas infecções atingem um grande número de pessoas no Brasil e são prevalentes em grupos populacionais específicos, que incluem: jovens, homossexuais e pessoas em situação de marginalização A desinformação acerca do assunto é o principal motivo que leva à contração dessas infecções e é responsabilidade da atenção primária à saúde ser a porta de entrada tanto para a prevenção quanto para o tratamento delas. Por isso, é de suma importância que seja discutido o papel desse tipo de atenção como primeiro contato para quem procura atendimento e, principalmente, ajuda. OBJETIVO: Analisar o papel da atenção primária à saúde na prevenção e no tratamento das infecções sexualmente transmissíveis. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, realizada nas bases de dados SciELO Brasil e Google Acadêmico, com artigos publicados no período entre 2020 e 2022, no idioma português com acesso livre e gratuito. Ademais, foram utilizados os Descritores em Cie?ncias da Sau?de (DeCS): atenção básica à saúde e doenças sexualmente transmissíveis. RESULTADO: Foram selecionados 5 artigos que, submetidos a análise e leitura na íntegra evidenciaram que as IST apresentam-se como um problema de saúde pública a nível mundial, principalmente devido ao medo da discriminação, críticas pelos pares e consequências sociais, o que acarreta em uma diminuição na busca de informações e serviços. Nesse contexto, observa-se também que os serviços de saúde, em especial a Atenção Primária à Saúde (APS), apesar de ser o nível de assistência mais importante no amparo das pessoas que procuram tanto a prevenção quanto o tratamento dessas doenças, seja com testes rápidos, profilaxias ou coquetéis pré e/ou pós exposição ao vírus HIV, por exemplo, ainda são pautados em uma política curativista e prescritiva a qual fragiliza a implementação da assistência pautada na prevenção, promoção e proteção da saúde. CONCLUSÃO: Nota-se, a partir da leitura e da reflexão, que o assunto em questão, por se tratar de um grande tabu, carece de atenção e de políticas públicas que de fato mudem a realidade de um país que tanto contrai essas infecções. Para além disso, é perceptível que medidas devem ser tomadas no que tange ao combate delas nos grupos populacionais mais atingidos, o que inclui: adolescentes e pessoas em situação de marginalização.
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