Entendemos que os movimentos éticos, estéticos, políticos e poéticos das pesquisas com os cotidianos são necessários nesses caminhos por onde circulamos. Com os cotidianos, ‘vemosouvimossentimospensamos’ as muitas formas de criações com os artefatos curriculares presentes em nossas redes educativas e pensamos acerca das questões que permeiam o ‘fazerpensar’ nos tantos ‘dentrofora’ das escolas, com seus diferentes ‘conhecimentossignificações’ desenvolvidos nas redes educativas que formamos e que nos formam. Este trabalho tem por interesse apresentar as primeiras caminhadas de nossas pesquisas de doutorado, cujos entrelaçamentos teóricos metodológicos versam na perspectiva de uma educação cidadã, considerando a cidade e seus tantos currículos possíveis como o ‘espaçotempo’ de ‘fazerpensar’ as práticas pedagógicas. Ademais, compreender como a interseção entre as experiências vividas na cidade revelam um elo intrincado entre a cidade e as tessituras curriculares cotidianas praticadas pelos professores e as suas muitas formas de ser e estar no mundo. Entendemos em nossas pesquisas as conversas como formas de saber e como as caminhadas individuais se entrelaçam para a criação de currículos ‘praticadospensados’ conjuntos. Ao explorar a cidade, os ‘praticantespensantes’ não apenas significam informações tangíveis, mas também internalizam narrativas que transcendem as fronteiras do ambiente escolar. As práticas e memórias forjadas durante as caminhadas pela cidade se constituem sabedorias pessoais que se entrelaçam entre si por meio do convívio. Sendo assim, as criações curriculares se expandem para incorporar à sua estrutura a tapeçaria de histórias tecidas na/com a cidade, transformando-se em ações colaborativas e críticas, enriquecendo a práxis pedagógica. Entendemos, especialmente, que uma educação cidadã emerge, também, do movimento de pertencimento ou não, do lugar onde se vivem, percebendo as diferenças existentes entre esses lugares. A escola e as múltiplas redes educativas são ambientes que compõem e são compostos pela/da cidade. Nesses lugares, alunos e professores, pais e filhos, amigos e amigas; trocam experiências, ensinam e aprendem acerca das suas estruturas de vida, influenciando na formação social do cidadão. Diante de tão múltiplos e complexos contextos sociais, lutar pelo exercício da cidadania é um ato que se aprende nos cotidianos. A escola é, sem dúvida, um desses ‘espaçostempos’ que pulsa na sociedade e clama por uma escuta atenta das suas muitas necessidades e possibilidades de criação e partilha de conhecimentos.
Coordenação geral:
Allan Rodrigues – UNESA/ UFRJ
Comissão organizadora:
Aline Dornelles – FURG
Francisco Ramallo – UNMdP
Luís Paulo Borges – CAp-UERJ
Tiago Ribeiro – CAp- INES
Rafael Honorato – UEPB
Rafael Marques – UFAC
Rossana Godoy Lenz – ULS
Diego Carlos -UFF
Guilherme Stribel – UNESA
Adrianne Ogêda Guedes – UNIRIO
Comitê Científico
André Régis – UFRJ
Ana Patrícia da Silva – CAp-UERJ
Adrianne Ogêda Guedes UNIRIO
Adriana Maria de Assumpção – UNESA
Adriano Vargas – UFF
Alexandra Garcia – UERJ
Aline Dornelles – FURG
Aline Gomes da Silva – INES
Bárbara Araújo Machado – UERJ
Celso Sánchez – UNIRIO
Cristiano Santanna – SEEDUC
Clarissa Quintanilha – UERJ
Denise Najmanovich – CONICET
Felipe da Silva Ponte de Carvalho – UNESA
Francisco Ramallo – UNMdP; CONICET
Gabriel Roizaman – CIIE Avellaneda
Graça Reis – UFRJ
Guilherme Stribel – UNESA/SME-Teresópolis
Inês Barbosa de Oliveira – UNESA
Viviane Castro Camozzato – UERGS
Mônica Knöpker – IFSC
Júlio Valle – USP
Gustavo Taveira – SME/RJ
Jane Rios – UNEB
Instituições nacionais e internacionais com representantes na organização:
Universidade Estácio de Sá – Proponente
Anped – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação
(Gt de Currículo – Ge de Cotidianos)
Instituto Nacional de Educação de Surdos
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Universidade Estadual da Paraíba
Universidade Federal do Acre
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Universidade Federal do Rio Grande
Universidad Nacional de Mar del Plata
Universidad de La Serena