Esta escrita-experiência nasce na urgência de tensionar os processos de aprendizagem, o conceito de inclusão e o ser professor do tempo chamado agora. A ideia é voltar nossa atenção à pergunta: afinal, o que chamamos de escola inclusiva e de que inclusão estamos falando? Um convite intencional de conversar e problematizar com o espaço escolar e seus sujeitos, o que tem sido vivenciado neste território, as relações que estabelecemos com alguns conceitos, a prática cotidiana possível e as influências no trabalho docente. A vivência dentro da rede pública de ensino em turmas da educação infantil e na educação de jovens e adultos, tem possibilitado ampliar o olhar e sentir os embates diários que impõem uma certa reflexão conceitual e no ato de ser professor nos dias de hoje. A problematização ganha corpo por meio dos registros em caderno, como diário de campo, que ao menos tentam cartografar os processos e os acontecimentos na sala de aula. Neste emaranhado surgem o que chamamos de questões jurídicas, físicas e humanas, que juntas precisam caminhar de forma a garantir o acesso, permanência e aprendizagem dos alunos como um todo. O número de alunos vem crescendo ao longo dos anos, análise que denuncia a necessária ampliação das redes com construção de escolas e a entrada de novos profissionais da educação para atenderem a essa demanda. Ou seja, cresce o número de alunos nas escolas e turmas, crescimento este que não considera o número e o tamanho das salas de aula, além das novas determinações jurídicas e aumento significativo de documentos como “Cumpra-se” que determinam a matricula dos alunos nas escolas, mas não levam em consideração as reais condições das escolas e do trabalho docente. Para tanto, elencamos e afirmamos que estar matriculado não significa estar incluído. Consideramos essa escrita relevante e um fio a conectar algumas questões, linhas e registros que ajudam a conversar sobre esse tema e aproximar a escola e seus desafios aos discursos e debates na universidade, principalmente na formação docente. Para refletir sobre o tema proposto, temos como referência os escritos sobre experiência com Jorge Larrosa, o método da cartografia com Deleuze e Guattari, o conceito de estar juntos e a escrita como ato de escrever com Carlos Skliar, a leitura de legislações que orientam o campo da Educação e um desejo coletivo de conversar sobre os impactos das condições atuais de trabalho dentro das escolas na educação de crianças, jovens e adultos de forma a garantir uma educação para todos.
Coordenação geral:
Allan Rodrigues – UNESA/ UFRJ
Comissão organizadora:
Aline Dornelles – FURG
Francisco Ramallo – UNMdP
Luís Paulo Borges – CAp-UERJ
Tiago Ribeiro – CAp- INES
Rafael Honorato – UEPB
Rafael Marques – UFAC
Rossana Godoy Lenz – ULS
Diego Carlos -UFF
Guilherme Stribel – UNESA
Adrianne Ogêda Guedes – UNIRIO
Comitê Científico
André Régis – UFRJ
Ana Patrícia da Silva – CAp-UERJ
Adrianne Ogêda Guedes UNIRIO
Adriana Maria de Assumpção – UNESA
Adriano Vargas – UFF
Alexandra Garcia – UERJ
Aline Dornelles – FURG
Aline Gomes da Silva – INES
Bárbara Araújo Machado – UERJ
Celso Sánchez – UNIRIO
Cristiano Santanna – SEEDUC
Clarissa Quintanilha – UERJ
Denise Najmanovich – CONICET
Felipe da Silva Ponte de Carvalho – UNESA
Francisco Ramallo – UNMdP; CONICET
Gabriel Roizaman – CIIE Avellaneda
Graça Reis – UFRJ
Guilherme Stribel – UNESA/SME-Teresópolis
Inês Barbosa de Oliveira – UNESA
Viviane Castro Camozzato – UERGS
Mônica Knöpker – IFSC
Júlio Valle – USP
Gustavo Taveira – SME/RJ
Jane Rios – UNEB
Instituições nacionais e internacionais com representantes na organização:
Universidade Estácio de Sá – Proponente
Anped – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação
(Gt de Currículo – Ge de Cotidianos)
Instituto Nacional de Educação de Surdos
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Universidade Estadual da Paraíba
Universidade Federal do Acre
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Universidade Federal do Rio Grande
Universidad Nacional de Mar del Plata
Universidad de La Serena