Uma estética outra para pensar currículo

Uma estética outra para pensar currículo

• Autor
• Sulamita Inácio Freire
• Resumo

• Fruto de uma pesquisa de doutorado em andamento que se dá numa aproximação pós-investigativa (St. Pierre, 2018), esta proposta de trabalho parte de um pensar radical da ontologia que mexe com o fazer currículo e a escola. Num rememorar autobioficticio (Santos 2022) é articulada por meio da frase “Eu nunca estive aqui”, rabiscada furtivamente em uma das paredes da escola pública na qual trabalho como docente de artes visuais desde 2015 – o CAp/UFRJ –, e abre a uma estética que não se relaciona com beleza/feiura, interpretação/representação, mas, sim, com um movimento de fricção entre tudo e todos. Por meio desta estética, simultaneamente ética e política, mobiliza-se que currículo emerge com o outro todo outro, como experiência compartilhada no encontro, na diferença, e não para o outro. Uma navalhada (Haddock-Lobo, 2020) que o impossibilita de ser pensado ou mesmo usado como mecanismo que explora o mundo e a natureza para o bem do “humano” e o desloca a ser entendido como parte do vir-a-ser no emaranhado relacional que o envolve e cria-com (Haraway, 2023). Como um movimento que está/não estando, lá e cá, a todo instante, na assunção do risco impossível de invadir e ser invadido pelo desconhecido que afeta e transforma quer queira ou não. Uma possibilidade - quem sabe? - de habitar a imensa confusão do vir a ser curricular sem objetificála ou reduzi-la a isto ou aquilo. 

• Palavras-chave
• Currículo, diferença, estética
• Área Temática
• Eixo 5- Currículos, diferenças e iterseccionalidades na cena educativa

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