ENCANTARIÊNCIAS: ENCONTROS, CORPOS, ARTES, AMOR E SONHOS – ENCARNANDO NARRATIVAS E ENVEREDANDO FORMAÇÕES

  • Autor
  • Adrianne Ogêda Gudes
  • Co-autores
  • Edilane Oliveira da Silva , Michelle Dantas Ferreira
  • Resumo
  • Vivemos em uma sociedade estruturalmente racista, excludente e desigual, que desconhece suas raízes, não protege seus povos originários, não fortalece os laços afetivos e as tradições culturais com suas ancestralidades. Regida por relações capitalistas, que objetivam lucro e consumo, e produzem corpos esgotados, sedentários, distraídos, carentes, buscando a utilidade de uma vida inútil. Neste contexto, enquanto professoras da Educação Básica e da Universitária, transitando entre ambas, seja nas instituições nas quais atuamos cotidianamente, por meio do Grupo de Pesquisa do qual fazemos parte ou pela entrada no Doutorado em Educação em uma Universidade Pública Federal do Rio de Janeiro, intencionamos propor uma educação descolonizada, encarnada e encantada, por meio de processos formacionais que estesiem as/os docentes, tendo a arte, a educação estética, o sonho e o amor como princípios inegociáveis, fundamentais e urgentes. Diante disso, as pesquisas - em fase inicial - intencionam se constituir em investigações acerca da formação e do adoecimento dos corpos docentes, apostando na potencialização das relações sensíveis que vão sendo tecidas nos tempos e espaços, nas práticas e vivências estéticas que comporão cartografias-vida, permeadas pelos processos e percursos educacionais. O foco das pesquisas é escutar/olhar para a docência com as/os docentes, buscando cartografar caminhos que nos ajudem a refletir, compreender e a transformar nossas relações corporais e educacionais, por meio de uma educação estética e com arte, tendo  como premissas o autocuidado, a escuta atenta, o conhecimento como um processo individual e coletivo, o afeto como mobilizador, o esperançar, o sonho e o amor como pilares.  Intencionamos também mapear o percurso profissional das/dos professoras/es, buscando relacionar e compreender adoecimento docente e desencanto. Pretendemos ofertar duas formações teórico-vivenciais, com encontros semanais, tendo o autocuidado, a conscientização corporal e a arte como pilares, à cerca de 60 docentes da rede pública municipal do Rio de Janeiro, de modo que possamos refletir sobre uma relação formação-prática nutridora, uma vez que apostamos na educação estética como sensibilizadora e mobilizadora de uma educação encantada e, consequentemente, menos adoecida. Há, também, o interesse em circular um Formulário Eletrônico entre as/os profissionais da Rede, com o intuito de mapear o adoecimento e a forma como estas/es profissionais veem esse crescente fenômeno. Para isso, assumimos uma metodologia errante e apontamos rotatórias, que carregam em si possibilidades de seguir circulando e experimentando diferentes percursos, de voltar aos inícios e reiniciar os contornos, transitando por outras vias. Sendo elas: a pesquisa narrativa, que permite ressignificar o vivido, dizendo de nós, em constante interrelação; uma pesquisa inventiva, movente, atravessada pelos cotidianos, uma pesquisa-experiência, permeada também por uma pesquisa-formação, na qual o processo não se encerra em si mesmo, mas incorpora o vivido, ressignificando, expandindo, reelaborando e reinventando tanto a pesquisa, quanto a formação; e a conversa como metodologia, tanto na pluralidade de vozes que comporão as pesquisas, nas narrativas  entremeadas aos referenciais, quanto nas propostas que buscarão o vivido; que se expressarão por/com diferentes linguagens; que convidam à criação e à memória, que encorajam a subversão e permitem invencionices.

  • Palavras-chave
  • Corpo. Educação Estética. Cuidado. Arte. Narrativas
  • Área Temática
  • Eixo 3- Corpos, poéticas e políticas com os cotidianos educativos
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  • Eixo 1- Saberes, práticas e experiências educativas instituintes
  • Eixo 2- Processos formativos, movimentos sociais e coletivos docentes
  • Eixo 3- Corpos, poéticas e políticas com os cotidianos educativos
  • Eixo 4- Epistemologias plurais e decolonialidade na pesquisa
  • Eixo 5- Currículos, diferenças e iterseccionalidades na cena educativa

Coordenação geral:

Allan Rodrigues – UNESA/ UFRJ

Comissão organizadora:

Aline Dornelles – FURG
Francisco Ramallo – UNMdP
Luís Paulo Borges – CAp-UERJ
Tiago Ribeiro – CAp- INES
Rafael Honorato – UEPB
Rafael Marques – UFAC
Rossana Godoy Lenz – ULS
Diego Carlos -UFF
Guilherme Stribel – UNESA
Adrianne Ogêda Guedes – UNIRIO

Comitê Científico

André Régis – UFRJ
Ana Patrícia da Silva – CAp-UERJ
Adrianne Ogêda Guedes UNIRIO
Adriana Maria de Assumpção – UNESA
Adriano Vargas – UFF
Alexandra Garcia – UERJ
Aline Dornelles – FURG
Aline Gomes da Silva – INES
Bárbara Araújo Machado – UERJ
Celso Sánchez – UNIRIO
Cristiano Santanna – SEEDUC
Clarissa Quintanilha – UERJ
Denise Najmanovich – CONICET
Felipe da Silva Ponte de Carvalho – UNESA
Francisco Ramallo – UNMdP; CONICET
Gabriel Roizaman – CIIE Avellaneda
Graça Reis – UFRJ
Guilherme Stribel – UNESA/SME-Teresópolis
Inês Barbosa de Oliveira – UNESA
Viviane Castro Camozzato – UERGS
Mônica Knöpker – IFSC
Júlio Valle – USP
Gustavo Taveira – SME/RJ
Jane Rios – UNEB

Instituições nacionais e internacionais com representantes na organização:

Universidade Estácio de Sá – Proponente
Anped – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação
(Gt de Currículo – Ge de Cotidianos)
Instituto Nacional de Educação de Surdos
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Universidade Estadual da Paraíba
Universidade Federal do Acre
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Universidade Federal do Rio Grande
Universidad Nacional de Mar del Plata
Universidad de La Serena