O estudo teve como objetivo discutir os desafios enfrentados na formação docente em uma escola da rede estadual do Rio de Janeiro no período da pandemia de Covid-19. No processo de mudança do ensino presencial para o remoto, os professores que participaram da pesquisa, formaram redes de conhecimento a fim de suprir as necessidades formativas que surgiram neste período. Desta forma, foram criadas redes solidárias de formação continuada entre os próprios docentes. Houve uma cooperação não oficial fundamental para dar conta dos novos desafios trazidos pela situação pandêmica. A construção de conhecimento em rede na escola pesquisada acontece quando os professores, que tinham conhecimentos mais profundos sobre ferramentas tecnológicas ensinaram, de forma espontânea e gratuita, aos colegas que não sabiam manuseá-las. Refletir sobre as redes de conhecimento que envolvem a formação docente é fundamental para entender o fazer docente no período da pandemia. As redes de conhecimento internas às escolas geraram novos saberes para os professores, pois precisaram adaptar-se às tecnologias devido ao ensino remoto e, com isso, novos currículos surgiram para adaptar-se a essa nova realidade. Discutir formação docente é também pensar no papel da autonomia da escola e do professor durante o processo de ensino-aprendizagem, pois neste período pandêmico houve grandes transformações na sociedade e a escola precisou acompanhar tais mudanças. Entender esse processo é contribuir com a disseminação da ideia e da prática das redes de conhecimento internas à escola e com a formação de professores, ao dar a formação docente um caráter mais afinado com uma escola autônoma, democrática e menos com processos padronizados e externos à escola. A metodologia de pesquisa utilizada foi o paradigma indiciário, que trabalha com o saber venatório, o que seria a capacidade de a partir de dados negligenciáveis remontar uma realidade complexa ainda não experimentada. A análise de dados foi feita através de entrevistas semiestruturadas, nas quais os docentes puderam compartilhar suas vivências profissionais durante o período do ensino remoto.
Coordenação geral:
Allan Rodrigues – UNESA/ UFRJ
Comissão organizadora:
Aline Dornelles – FURG
Francisco Ramallo – UNMdP
Luís Paulo Borges – CAp-UERJ
Tiago Ribeiro – CAp- INES
Rafael Honorato – UEPB
Rafael Marques – UFAC
Rossana Godoy Lenz – ULS
Diego Carlos -UFF
Guilherme Stribel – UNESA
Adrianne Ogêda Guedes – UNIRIO
Comitê Científico
André Régis – UFRJ
Ana Patrícia da Silva – CAp-UERJ
Adrianne Ogêda Guedes UNIRIO
Adriana Maria de Assumpção – UNESA
Adriano Vargas – UFF
Alexandra Garcia – UERJ
Aline Dornelles – FURG
Aline Gomes da Silva – INES
Bárbara Araújo Machado – UERJ
Celso Sánchez – UNIRIO
Cristiano Santanna – SEEDUC
Clarissa Quintanilha – UERJ
Denise Najmanovich – CONICET
Felipe da Silva Ponte de Carvalho – UNESA
Francisco Ramallo – UNMdP; CONICET
Gabriel Roizaman – CIIE Avellaneda
Graça Reis – UFRJ
Guilherme Stribel – UNESA/SME-Teresópolis
Inês Barbosa de Oliveira – UNESA
Viviane Castro Camozzato – UERGS
Mônica Knöpker – IFSC
Júlio Valle – USP
Gustavo Taveira – SME/RJ
Jane Rios – UNEB
Instituições nacionais e internacionais com representantes na organização:
Universidade Estácio de Sá – Proponente
Anped – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação
(Gt de Currículo – Ge de Cotidianos)
Instituto Nacional de Educação de Surdos
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Universidade Estadual da Paraíba
Universidade Federal do Acre
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Universidade Federal do Rio Grande
Universidad Nacional de Mar del Plata
Universidad de La Serena