ENCANTARIÊNCIAS: ENCARNANDO FORMAÇÕES, ENVEREDANDO NARRATIVAS E DESVELANDO IDENTIDADES DOCENTES

  • Autor
  • Edilane Oliveira da Silva
  • Co-autores
  • Michelle Dantas Ferreira , Vitória da Silva Bemvenuto Bonifacio
  • Resumo
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    Os fios que costuram este trabalho são fios (auto)biográficos de três educadoras que fazem conversar suas inquietações a respeito de uma docência ética, política e estética desde 2020 – época em que viveram juntas o curso de mestrado em Educação. Três pesquisadoras que acabaram de ingressar no doutorado: duas em Educação, na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e uma em Educação Física, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Integramos o Grupo de Pesquisa Formação e Ressignificação do Educador, Saberes, Troca, Arte e Sentidos (FRESTAS) – e uma de nós também está vinculada ao Grupo de Estudos em Corpo, Esporte e Sociedade. Dois grupos que mobilizam investigações ligadas ao campo sociocultural e pedagógico e às temáticas da formação docente, da educação estética e da corporeidade, estudadas por meio de Metodologias Minúsculas, tais como Pesquisas-Formação, Narrativas, Conversas. Deste modo, nossas investigações convergem no entendimento sobre a urgência, necessidade e princípios inegociáveis de uma formação docente – e de pesquisas – pautadas em pressupostos decoloniais, que propaguem saberes contra-hegemônicos, libertários e democráticos. Ações, portanto, no campo educativo que apostem no fortalecimento de olhares sensíveis, escutas atentas, vivências potentes, (re)afirmação e (re)descoberta de identidades docentes. Para isso, nossas pesquisas estão voltadas a refletir, sensibilizar, afetar e mobilizar um ethos do cuidado docente, por meio propostas teórico-vivenciais que convidem, ampliem os sentidos e convoquem a um estado de presença e pertença que (re)encante corpos cansados, esgotados, adoecidos, invisibilizados. Pensando, assim, nos atravessamentos culturais, históricos, políticos e identitários que perpassam os sujeitos sociais, uma das pesquisas também se dedica a investigar os sentidos e significados que habitam a expressão “educador/a físico/a” que circunda entre os/as bacharéis/bacharelas em Educação Física em suas práxis pedagógicas profissionais. Este interesse se desenrola a partir da compreensão de que o modo como habitamos e nos posicionamos no/com o mundo, diz muito da forma como nos relacionamos com as pessoas, com nossos corpos, com nossa identidade docente que está em constante processo de (re)construção. Neste sentido, as três pesquisas estabelecem relação a partir das similaridades com vivências educacionais, pedagógicas, ligadas ao ensinar-aprender voltadas à formação docente – inicial e continuada. Formações essas que desejamos impulsionar como (trans)formações, ou seja, processos formativos que nos deslocam, ampliam as lentes para além do óbvio, do que está posto, do trivial, do normativo, potencializando o outro lado, aquilo que as aparências não expõem, desejando estremecer, visibilizar o que possa estar operando como único possível padrão de formação, de docência. Buscamos uma formação sustentada por vivências encantadas; por encantariências com/do/no cotidiano que (re)vitalizem a educação, as/os profissionais da docência e as/os discentes, oportunizando olhares outros, escutas outras, epistemologias outras, que não só decolonizem como desierarquizem saberes, potencializando o estranhamento, a movência e o encontro, de modo que nos fortaleçamos enquanto coletivo, firmando redes, sendo constelação.

     

  • Palavras-chave
  • Formação Docente, Educação Estética, Corpo, Educação Básica, Educação Universitária
  • Área Temática
  • Eixo 3- Corpos, poéticas e políticas com os cotidianos educativos
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  • Eixo 1- Saberes, práticas e experiências educativas instituintes
  • Eixo 2- Processos formativos, movimentos sociais e coletivos docentes
  • Eixo 3- Corpos, poéticas e políticas com os cotidianos educativos
  • Eixo 4- Epistemologias plurais e decolonialidade na pesquisa
  • Eixo 5- Currículos, diferenças e iterseccionalidades na cena educativa

Coordenação geral:

Allan Rodrigues – UNESA/ UFRJ

Comissão organizadora:

Aline Dornelles – FURG
Francisco Ramallo – UNMdP
Luís Paulo Borges – CAp-UERJ
Tiago Ribeiro – CAp- INES
Rafael Honorato – UEPB
Rafael Marques – UFAC
Rossana Godoy Lenz – ULS
Diego Carlos -UFF
Guilherme Stribel – UNESA
Adrianne Ogêda Guedes – UNIRIO

Comitê Científico

André Régis – UFRJ
Ana Patrícia da Silva – CAp-UERJ
Adrianne Ogêda Guedes UNIRIO
Adriana Maria de Assumpção – UNESA
Adriano Vargas – UFF
Alexandra Garcia – UERJ
Aline Dornelles – FURG
Aline Gomes da Silva – INES
Bárbara Araújo Machado – UERJ
Celso Sánchez – UNIRIO
Cristiano Santanna – SEEDUC
Clarissa Quintanilha – UERJ
Denise Najmanovich – CONICET
Felipe da Silva Ponte de Carvalho – UNESA
Francisco Ramallo – UNMdP; CONICET
Gabriel Roizaman – CIIE Avellaneda
Graça Reis – UFRJ
Guilherme Stribel – UNESA/SME-Teresópolis
Inês Barbosa de Oliveira – UNESA
Viviane Castro Camozzato – UERGS
Mônica Knöpker – IFSC
Júlio Valle – USP
Gustavo Taveira – SME/RJ
Jane Rios – UNEB

Instituições nacionais e internacionais com representantes na organização:

Universidade Estácio de Sá – Proponente
Anped – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação
(Gt de Currículo – Ge de Cotidianos)
Instituto Nacional de Educação de Surdos
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Universidade Estadual da Paraíba
Universidade Federal do Acre
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Universidade Federal do Rio Grande
Universidad Nacional de Mar del Plata
Universidad de La Serena