(TRANS)IDENTIDADE NA FORMAÇÃO: UMA INVESTIGAÇÃO-CONVERSA SOBRE OS SENTIDOS E SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS À EXPRESSÃO “EDUCADOR/A FÍSICO/A”

(TRANS)IDENTIDADE NA FORMAÇÃO: UMA INVESTIGAÇÃO-CONVERSA SOBRE OS SENTIDOS E SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS À EXPRESSÃO “EDUCADOR/A FÍSICO/A”

• Autor
• Vitória da Silva Bemvenuto Bonifacio
• Co-autores
• Erik Giuseppe Barbosa Pereira
• Resumo

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  A fim de constelar ideias, apresentamos neste trabalho uma pesquisa de doutorado, em fase inicial, que está sendo elaborada junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nela, apostamos em modos outros de criar e habitar a pesquisa na Educação Física, cumpliciados à Educação, defendendo a construção de estudos, no campo sociocultural e pedagógico, a respeito das formações - inicial e continuada - do bacharelado. Diante disso, nós, professores-pesquisadores do Grupo de Estudos em Corpo, Esporte e Sociedade, ao encararmos o termo “trans” como um prefixo simbólico que nos desloca para além do óbvio, do normativo e que potencializa aquilo que as aparências não expõem, desejamos, portanto, estremecer o que opera como único possível “perfil identitário” do/da bacharel/a em Educação Física. Assim, temos como objetivo compreender os sentidos e significados atribuídos à (trans)identidade profissional de bacharéis/bacharelas do curso de Educação Física da UFRJ. Para tanto, apostamos nas metodologias de Pesquisa Narrativa (auto)biográfica e da Conversa a fim de visibilizar e dar contorno às significações que eles/elas têm atribuído ao mundo, à vida e às relações que estabelecem como sujeitos/as históricos, sociais, culturais, políticos, afetivos. Sendo assim, além da investigação em documentos oficiais de regulamentação da profissão e da formação, o campo de estudos da pesquisa se estruturará por meio de três espaços de conversa-pesquisa-encontro-formação: uma disciplina eletiva a ser ofertada para os bacharelandos da EEFD; um minicurso a ser ofertado na 14ª edição do “Simpósio de Educação Física e Dança” da Escola; e uma ação de extensão voltada aos/à bacharéis/bacharelas formados/as. As duas últimas nos possibilitarão entrar em contato com bacharelandos/as e bacharéis/bacharelas formados/as por outras Instituições de Ensino Superior. Deste modo, acreditamos que os achados da pesquisa apontarão para a compreensão de que “educador/a físico/a” é uma (trans)identidade que se corporifica nas frestas da cultura, através das relações que estabelecemos cotidianamente, acionando e indicando uma (trans)formação: tanto no perfil de profissional de Educação Física que tais sujeitos/as vêm assumindo, quanto no perfil que a sociedade vem desejando. Operando, assim, tanto como uma ação de criação quanto de resistência desses/as atores/atrizes sociais. Criação: ao desenvolverem sua prática de trabalho através de ações que a aproximam da seara educativa e, consequentemente, os/as aproximam da figura de “educador/a”, estabelecendo similaridades com vivências educacionais, pedagógicas e disruptivas ligadas ao ensinar-aprender. Resistência: borrando as limitações e os estereótipos impostos pela identidade hegemônica de “profissional de educação física”, que tende, muitas vezes, a reduzir o campo da Educação Física - especialmente a área do Bacharelado - ao âmbito da saúde.

• Palavras-chave
• Educação, Educação Física, Formação, Educador Físico, Identidade
• Área Temática
• Eixo 3- Corpos, poéticas e políticas com os cotidianos educativos

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