CORPOS QUE PERFORMAM O FIM DO MUNDO: CURRÍCULO FUGITIVO, DIFERENÇA E O NÃO-SER

  • Autor
  • Albert Henrique de Jesus Silva
  • Resumo
  • A presente pesquisa aciona o corpo como potência e criação, logo, um corpo que performa cenas em que o mundo como conhecemos entra em ebulição. Neste sentido, corpo negrodesejante e que faz rachar os pilares de uma concepção ontológica/epistemológica de ser humano. Trata-se de corpos não-humanos, ficcionados a partir de uma condição de ser nada, como sensibiliza Moten (2021), para performar o fim do mundo como possibilidade de existência. Para isso, rompe-se com a representação, rasurando a noção moderna-colonial de sujeito e fazendo se manifestar a diferença como difração e fuga. Assim, corpos que produzem linhas e colocam em tensão a condição privilegiada de ser humano construída por uma perspectiva colonial que subjuga a negritude ao estado de objeto e, neste sentido, a um lugar de não-humanidade. Neste sentido, mobilizo a escola como território produzido por esses atos performáticos da negritude e, por isso, aciono o currículo como acontecimento, isto é, um currículo improvisado por meio de performances negras. Deste modo, enceno outras vias para se produzir pesquisa em educação, tendo em vista as intercessões possíveis entre o pensamento negro radical de Denise Ferreira da Silva, Wilderson III e Fred Moten e a filosofia da diferença mobilizada por Deleuze e Guattari. Em suma, tenciono uma pesquisa que acione um currículo-acontecimento, fugitivo e desejante, isto é, mobilizado por corpos que performam o fim do mundo moderno-colonial através da rasura do que é humano. Portanto, nota-se um currículo que produz rachaduras na lógica normativa de se pensar/fazer educação, cuja proposta é centralizar o humano, nos moldes do colonialismo, como projeto a ser alcançado.

  • Palavras-chave
  • Corpo, Negritude, Performances, Currículo, Diferença.
  • Área Temática
  • Eixo 5- Currículos, diferenças e iterseccionalidades na cena educativa
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  • Eixo 1- Saberes, práticas e experiências educativas instituintes
  • Eixo 2- Processos formativos, movimentos sociais e coletivos docentes
  • Eixo 3- Corpos, poéticas e políticas com os cotidianos educativos
  • Eixo 4- Epistemologias plurais e decolonialidade na pesquisa
  • Eixo 5- Currículos, diferenças e iterseccionalidades na cena educativa

Coordenação geral:

Allan Rodrigues – UNESA/ UFRJ

Comissão organizadora:

Aline Dornelles – FURG
Francisco Ramallo – UNMdP
Luís Paulo Borges – CAp-UERJ
Tiago Ribeiro – CAp- INES
Rafael Honorato – UEPB
Rafael Marques – UFAC
Rossana Godoy Lenz – ULS
Diego Carlos -UFF
Guilherme Stribel – UNESA
Adrianne Ogêda Guedes – UNIRIO

Comitê Científico

André Régis – UFRJ
Ana Patrícia da Silva – CAp-UERJ
Adrianne Ogêda Guedes UNIRIO
Adriana Maria de Assumpção – UNESA
Adriano Vargas – UFF
Alexandra Garcia – UERJ
Aline Dornelles – FURG
Aline Gomes da Silva – INES
Bárbara Araújo Machado – UERJ
Celso Sánchez – UNIRIO
Cristiano Santanna – SEEDUC
Clarissa Quintanilha – UERJ
Denise Najmanovich – CONICET
Felipe da Silva Ponte de Carvalho – UNESA
Francisco Ramallo – UNMdP; CONICET
Gabriel Roizaman – CIIE Avellaneda
Graça Reis – UFRJ
Guilherme Stribel – UNESA/SME-Teresópolis
Inês Barbosa de Oliveira – UNESA
Viviane Castro Camozzato – UERGS
Mônica Knöpker – IFSC
Júlio Valle – USP
Gustavo Taveira – SME/RJ
Jane Rios – UNEB

Instituições nacionais e internacionais com representantes na organização:

Universidade Estácio de Sá – Proponente
Anped – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação
(Gt de Currículo – Ge de Cotidianos)
Instituto Nacional de Educação de Surdos
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Universidade Estadual da Paraíba
Universidade Federal do Acre
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Universidade Federal do Rio Grande
Universidad Nacional de Mar del Plata
Universidad de La Serena