ESTIGMAS DA MASCULINIDADE NEGRA EM SEU PROCESSO DE CONSTRUÇÃO HISTÓRICA NO CONTEXTO BRASILEIRO

  • Autor
  • Nicholas Gabriel Cardoso Pinto
  • Co-autores
  • Luís Paulo Cruz Borges
  • Resumo
  • O presente resumo propõe analisar a construção histórica da masculinidade negra, utilizando as perspectivas epistemológicas plurais e da decolonialidade na pesquisa. Baseando-se na abordagem de Frantz Fanon (1967), sobre a inserção do negro na sociedade colonial e patriarcal, o estudo destaca as consequências da hostilização do corpo negro desde sua inserção na sociedade colonial. Dessa forma, entende-se que a ideia de masculinidade do negro no Brasil é historicamente subalternizada. Nesse trabalho, a masculinidade é compreendida como um objeto construído aos subalternizados, estabelecendo correlações acerca da construção social do homem negro no imaginário ferido pelos estigmas da colonização. Segundo Grada Kilomba (2008, p. 34), “o sujeito negro torna-se então uma tela de projeção das fantasias e medos dos brancos sobre a negritude, refletindo-se em estereótipos como o ladrão violento/a ou a/o bandida/o indolente e maliciosa/o”. Observa-se como consequência dessa construção que homem é sempre o branco e que ao negro é relegada uma posição estigmatizada, ou seja, o lugar do não-homem, animalesco, grotesco etc (Veiga, 2018). Metodologicamente pretende-se partir de uma análise histórica de como se dá historiograficamente a inserção e a construção do negro no Brasil. Propõe-se um diálogo analítico-metodológico com Lélia Gonzalez (2020), a partir da interseccionalidade como ferramenta para narrar as subjetividades masculinas, compreendendo a construção do estigma do homem negro a partir dos diferentes marcadores presentes na sociedade. Constata-se que o sujeito negro se torna uma projeção das fantasias e medos dos brancos diante da negritude. Essa construção da masculinidade negra reflete as expectativas e estereótipos impostos pela “sociedade branca”, resultando em consequências significativas para a política de vida e morte dos indivíduos afetados. À guisa de conclusão, entende-se que a masculinidade negra vem sendo desenhada como uma construção das fantasias dos brancos (Fanon, 1967), mas que na atualidade ganha uma luta contra hegemônica e antirracista. 

  • Palavras-chave
  • Masculinidades Negras. Interseccionalidade. Estigmas da colonização. Subalternidade
  • Área Temática
  • Eixo 4- Epistemologias plurais e decolonialidade na pesquisa
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  • Eixo 1- Saberes, práticas e experiências educativas instituintes
  • Eixo 2- Processos formativos, movimentos sociais e coletivos docentes
  • Eixo 3- Corpos, poéticas e políticas com os cotidianos educativos
  • Eixo 4- Epistemologias plurais e decolonialidade na pesquisa
  • Eixo 5- Currículos, diferenças e iterseccionalidades na cena educativa

Coordenação geral:

Allan Rodrigues – UNESA/ UFRJ

Comissão organizadora:

Aline Dornelles – FURG
Francisco Ramallo – UNMdP
Luís Paulo Borges – CAp-UERJ
Tiago Ribeiro – CAp- INES
Rafael Honorato – UEPB
Rafael Marques – UFAC
Rossana Godoy Lenz – ULS
Diego Carlos -UFF
Guilherme Stribel – UNESA
Adrianne Ogêda Guedes – UNIRIO

Comitê Científico

André Régis – UFRJ
Ana Patrícia da Silva – CAp-UERJ
Adrianne Ogêda Guedes UNIRIO
Adriana Maria de Assumpção – UNESA
Adriano Vargas – UFF
Alexandra Garcia – UERJ
Aline Dornelles – FURG
Aline Gomes da Silva – INES
Bárbara Araújo Machado – UERJ
Celso Sánchez – UNIRIO
Cristiano Santanna – SEEDUC
Clarissa Quintanilha – UERJ
Denise Najmanovich – CONICET
Felipe da Silva Ponte de Carvalho – UNESA
Francisco Ramallo – UNMdP; CONICET
Gabriel Roizaman – CIIE Avellaneda
Graça Reis – UFRJ
Guilherme Stribel – UNESA/SME-Teresópolis
Inês Barbosa de Oliveira – UNESA
Viviane Castro Camozzato – UERGS
Mônica Knöpker – IFSC
Júlio Valle – USP
Gustavo Taveira – SME/RJ
Jane Rios – UNEB

Instituições nacionais e internacionais com representantes na organização:

Universidade Estácio de Sá – Proponente
Anped – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação
(Gt de Currículo – Ge de Cotidianos)
Instituto Nacional de Educação de Surdos
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Universidade Estadual da Paraíba
Universidade Federal do Acre
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Universidade Federal do Rio Grande
Universidad Nacional de Mar del Plata
Universidad de La Serena