O presente trabalho comunica as lições da pesquisaformaçaoconversação apresentada em nível de doutoramento fundamentada na abordagem narrativa e (auto)biográfica. Para o estudo, optou-se pelo aporte teóricometodológico das conversas como fonte narrativa para a compreensão dos efeitos das políticas de educação especial na perspectiva da inclusão em educação nos corpos das gentes que compõem a escola. Na investigação em tela, as conversas evidenciaram como cada coautora/or, do seu lugar de experiência, tem sentido as reverberações da política de inclusão no CAp-UFRJ, por meio do ensino colaborativo. Para a interpretação dos sentidos e das lições sobre política, após as conversas foram propostas a escrita de metaconversas. Um texto em aprofundamento, a partir da conversa primeira e que novamente foram (com)partilhadas e dialogadas com as/os coautores. Após a releitura das metaconversas, propomos a continuidade interpretativa em um movimento de compreensão em parceria buscando dar a ver as possibilidades e entraves da política, o que chamamos de cointerpretação em partilha. Dentre todas as lições percebidas sobre os processos de inclusão dos estudantes público da educação especial, evidenciou-se as seguintes percepções: Primeiro, a relevância do ensino colaborativo como um estratégia para a inclusão em educação ao viabilizar Atendimento Educacional Especializado (AEE) na sala de aula regular. Segundo, o reconhecimento da opção pelo ensino colaborativo como uma política instituinte. Além disso, o quanto as conversas mostram-se como um dispositivo horizontal e democrático ao não ter uma intenção hierárquica entre os conversantes. Ao contrário, a conversa tem potencial de aproximação e protagonização dos saberes. Isso permitiu que as/os coautores se mostrassem confortáveis para narrar suas experiências de modo reflexivo e interpretativo. Podemos afirmar que a opção epistemopolítica pelas conversações fundamenta-se como uma perspectiva decolonial ao ter por premissa a decolonialidade dos saberes e dos modos de pensarfazer pesquisa em educação. Um dispositivo narrativo que permite que a política praticada seja olhada, sentida e compreendida por diferentes ângulos e de modo (com)partilhado, diminuindo-se os riscos de uma compreensão única e limitante. As conversas convidam à abertura e à horizontalidade epistêmica.
Coordenação geral:
Allan Rodrigues – UNESA/ UFRJ
Comissão organizadora:
Aline Dornelles – FURG
Francisco Ramallo – UNMdP
Luís Paulo Borges – CAp-UERJ
Tiago Ribeiro – CAp- INES
Rafael Honorato – UEPB
Rafael Marques – UFAC
Rossana Godoy Lenz – ULS
Diego Carlos -UFF
Guilherme Stribel – UNESA
Adrianne Ogêda Guedes – UNIRIO
Comitê Científico
André Régis – UFRJ
Ana Patrícia da Silva – CAp-UERJ
Adrianne Ogêda Guedes UNIRIO
Adriana Maria de Assumpção – UNESA
Adriano Vargas – UFF
Alexandra Garcia – UERJ
Aline Dornelles – FURG
Aline Gomes da Silva – INES
Bárbara Araújo Machado – UERJ
Celso Sánchez – UNIRIO
Cristiano Santanna – SEEDUC
Clarissa Quintanilha – UERJ
Denise Najmanovich – CONICET
Felipe da Silva Ponte de Carvalho – UNESA
Francisco Ramallo – UNMdP; CONICET
Gabriel Roizaman – CIIE Avellaneda
Graça Reis – UFRJ
Guilherme Stribel – UNESA/SME-Teresópolis
Inês Barbosa de Oliveira – UNESA
Viviane Castro Camozzato – UERGS
Mônica Knöpker – IFSC
Júlio Valle – USP
Gustavo Taveira – SME/RJ
Jane Rios – UNEB
Instituições nacionais e internacionais com representantes na organização:
Universidade Estácio de Sá – Proponente
Anped – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação
(Gt de Currículo – Ge de Cotidianos)
Instituto Nacional de Educação de Surdos
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Universidade Estadual da Paraíba
Universidade Federal do Acre
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Universidade Federal do Rio Grande
Universidad Nacional de Mar del Plata
Universidad de La Serena