Introdução: A sífilis afeta um milhão de gestantes por ano em todo o mundo, levando a mais de 300 mil mortes fetais e neonatais e colocando em risco de morte prematura mais de 200 mil crianças. No período de 2011 a 2021, foram notificados no país 466.584 casos de sífilis em gestantes, 221.600 casos de sífilis congênita e 2.064 óbitos por sífilis congênita no Brasil. Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico dos casos de sífilis gestacional no Brasil entre 2019 e 2021. Metodologia: Trata-se de um estudo com informações retiradas do Sistema de Informação de Agravos e Notificação – SINAN. Tendo sido coletadas informações referentes a faixa etária, escolaridade, raça, local de ocorrência. Resultados: Entre 2019 e 2021 foram registrados 150.389 casos de sífilis gestacional no Brasil. A região sudeste apresentou maior prevalência dos casos com 68.394 registros. O estado de São Paulo registrou o maior número de casos do Brasil (28.968 casos). Em relação ao perfil das gestantes com sífilis gestacional apresentaram grau de escolaridade com ensino médio completo (32.906 casos), eram pardas (78.857 casos) e tinham entre 20 e 39 anos (110.033 casos). Em relação ao diagnóstico, a classificação clínica mais registrada foi a latente (57.924 casos) e as gestantes realizaram teste treponêmico reagente (116.128 casos) e testes não treponêmicos reagentes (120.278 casos). Considerações Finais: A sífilis gestacional é um grave problema de saúde pública devido aos altos índices de morbimortalidade relacionados a gestante e ao feto. As elevadas prevalências demonstram a ineficácia das estratégias de prevenção e do diagnóstico precoce. E a necessidade do fortalecimento da Atenção Básica de Saúde na realização do pré-natal de qualidade que possa contribuir na redução dos números de casos.
Comissão Organizadora
Ananda Coelho
Aryadne Feitosa Candeira
Beatriz Souza da Conceição
Comissão Científica
Náthaly Oliveira Youssef de Novaes Issa