O Brasil enfrenta um desafio significativo no que diz respeito à violência contra as mulheres. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, o país tem um dos maiores índices de homicídios de mulheres no mundo, e ocupa a quinta posição em feminicídios, que são assassinatos em razão do gênero da vítima. Essa realidade tem gerado um número alarmante de órfãos, crianças e adolescentes que se tornam vítimas indiretas da violência doméstica, muitas vezes presenciando a morte de suas mães. O objetivo deste estudo é analisar a situação dos órfãos do feminicídio e os efeitos traumáticos que essa experiência gera ao longo de suas vidas. Optamos por uma abordagem qualitativa, ancorada em revisão bibliográfica como Heleieth Saffioti e Simone de Beauvoir, que desenvolveram reflexões importantes sobre a violência de gênero. Além de Kamila Almeida com a orfandade decorrente da violência doméstica. O artigo está estruturado em três partes. Na primeira, analisa-se a violência contra as mulheres no Brasil, com ênfase na Lei Maria da Penha, uma legislação que busca combater a violência doméstica e proteger as mulheres. Discute-se a magnitude desse problema, destacando a persistência de estereótipos de gênero e a necessidade de medidas mais eficazes para enfrentá-lo. A segunda aborda as mortes de mulheres por razões de gênero, definidas juridicamente como feminicídios. Explora-se a complexidade dessas implicações e as implicações sociais e culturais que o cercam, enfocando as lacunas no sistema de justiça criminal que muitas vezes dificultam a responsabilização dos agressores. A última concentra-se na situação dos filhos de mulheres vítimas de feminicídio, destacando como essa tragédia impacta suas vidas e bem-estar emocional. A análise dessas questões contribui para promover uma compreensão mais completa da problemática envolvida em crimes cometidos por razões de gênero e para buscar soluções eficazes na proteção das mulheres e de seus filhos.
Comissão Organizadora
Ananda Coelho
Aryadne Feitosa Candeira
Beatriz Souza da Conceição
Comissão Científica
Náthaly Oliveira Youssef de Novaes Issa