Introdução: As infecções sexualmente transmissíveis (IST’s) estão cada vez mais recorrentes em todo o mundo, podendo-se apontar como um dos tipos mais diagnosticados durante a gravidez o Papiloma Vírus Humano (HPV), conhecido por causar lesões anogenitais. Durante o período gestacional, devido à imunomodulação, observa-se um aumento significativo nos casos de HPV e coinfecções em gestantes, o que pode levar a complicações preocupantes, como gravidez ectópica, natimortos, prematuridade, abortos, infecção congênita e perinatal, bem como infecções puerperais resultando em quadros clínicos adversos, tanto para a mãe, quanto para o feto. Objetivo: Verificar na literatura científica as complicações que o Papiloma Vírus Humano pode manifestar na saúde da gestante e do feto. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa, realizada através das bases de dados LILACS, SCIELO, abrangendo artigos originais e de revisão, incluindo estudos em português, utilizando como palavras-chave, Gravidez; Papiloma vírus humano; Complicações infecciosas na gravidez. Foram selecionados artigos do período de 2018 a 2022. Resultados: Evidenciou-se maior prevalência de IST´s em gestantes na região Oeste do Paraná, com 78,2% de gestantes, destas, 11,5% foram identificadas com infecções causadas pelo HPV ou Clamídia, evidenciando a relação sexual desprotegida como a principal forma de transmissão. Sendo assim, é importante ressaltar que o tratamento das lesões do HPV e a cesariana, não impossibilitarão a infecção na criança, evidenciando um índice variável de contaminação em RN’s entre 1,5% a 46,6%, por meio da transmissão vertical da mãe para o feto, ocorrendo assim, a transmissão através do oócito infectado, ou do DNA do espermatozoide HPV-positivo para a criança. Conclusão: Enfatiza-se que a vulnerabilidade e os riscos associados à presença do Papiloma Vírus Humano (HPV) podem gerar complicações na saúde da gestante e do feto. Desse modo, é necessário implementar estratégias direcionadas à saúde da mulher durante a gestação por meio de um processo de rastreamento baseado em exames histológicos que avaliam a presença ou ausência de infecção, assegurando assim, as práticas essenciais para proteger o feto.
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