INTRODUÇÃO: Na assistência ao paciente em situação de rua é importante levar em consideração as singularidades dessa população, pois eles tendem a viver em contextos precários de vida e saúde, além disso estão expostos diariamente a violência, marginalização e discriminação. Tornando-se mais vulnerável ao sofrimento mental. OBJETIVO: Descrever as dificuldades enfrentadas por pessoas em situação de rua a reabilitação psicossocial. MÉTODO: Trata-se de uma revisão de literatura narrativa. Foram realizadas buscas na BVS e SciELO. Foram utilizados os descritores de acordo com o DECS e a busca foi realizada através da associação “População em Situação de Rua AND Reabilitação Psiquiátrica AND Saúde mental”. Foram utilizados como critérios de inclusão os textos que tratavam de maneira clara o tema abordado, publicados entre 2017 - 2022, em português, inglês ou espanhol. Foram excluídos os artigos duplicados nas bases de dados. RESULTADOS: Os trabalhos enfatizaram a importância de prover primeiramente as necessidades básicas (alimentação, higiene, descanso ou até mesmo moradia) desses indivíduos para que depois possam atuar nas necessidades psicossociais dessas pessoas. Além disso, ser um bom ouvinte é essencial para desenvolver uma relação de confiança com o paciente. Ademais, o fato desse usuário comparecer aos CAPS ou UBS para fazer uso da medicação, tomar banho ou se alimentar é um progresso no processo de reabilitação psicossocial. O problema é que muitos desses não possuem rede de apoio, tornando-se vulneráveis a discriminação e a violência das ruas, e são dependentes químicos, necessitando de ações específicas para amenizar/combater seu vício. CONCLUSÃO: É essencial que tenhamos uma visão ampliada das condições desses indivíduos, para que se torne possível levar esses usuários as redes especializadas em saúde mental. É importante que o vínculo construído entre profissionais e pacientes seja pautado na humanização e afeto, de modo a garantir o acesso integral aos serviços de saúde.
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