Introdução: A maioria dos estudantes de Medicina estão na faixa etária vulnerável para desenvolver transtornos mentais, principalmente ansiedade e depressão. Algumas causas aventadas são a competitividade, sobrecarga, privação de sono, fatores pessoais, curriculares, institucionais e afetivos. Ademais, a ocorrência da pandemia pela COVID-19 foi associada a impactos na saúde mental desses estudantes. Objetivo: Descrever a ocorrência de sintomas depressivos e ansiosos entre os estudantes de Medicina sobre o impacto da pandemia pela COVID-19 em sua saúde mental. Método: Trata-se de uma revisão sistemática de literatura realizada por meio da busca de estudos disponíveis nas bases de dados Scielo e PubMed. Para a busca foram empregados os descritores “Depression”, “Anxiety”, “Medical Students” e “Pandemic Covid”, seguido pelo operador booleano and. Foram incluídos estudos publicados entre 2017 a 2021, disponíveis em língua inglesa. Foram encontrados 20 artigos, destes, foram escolhidos dentro dos critérios de elegibilidade 7 para a pesquisa. Resultados: O estudo proposto visa a partir dos dados obtidos demonstrar no período estudado o impacto da pandemia pela COVID-19 em sintomas ansiosos e depressivos dos estudantes de Medicina. Sendo a prevalência de estudantes com sofrimento psíquico de 62,8%, considerando como fatores de risco: gênero feminino, católicos, brancos e de estado civil solteiro. Desses estudantes em sofrimento, apenas 22,3% já possuíam histórico de depressão anterior ao cenário pandêmico e 53,9% possuíam o histórico de transtorno de ansiedade, destes apenas 33,8% com apoio psicológico e 18,4% psiquiátrico. Conclusão: Acredita-se que a pandemia tenha contribuído para o aumento de sintomas depressivos e ansiosos entre estudantes de Medicina. Torna-se crucial esforços na atenção primária para atenuação das consequências na vida desses acometidos, especialmente em grupos de risco que já possuíam transtornos antes da pandemia e sofreram agravamento.
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