INTRODUÇÃO: Define-se transtorno dissociativo de identidade (TDI) como a presença de dois ou mais estados de personalidade distintos ou uma experiência de possessão. Pode ser identificado por dois conjuntos de sintomas: 1) alterações ou descontinuidades repentinas no senso de si mesmo e de domínio das próprias ações amnésias dissociativas recorrentes e 2) amnésias dissociativas recorrentes. A presença de alterações na anatomia encefálica em comparação a outros indivíduos é constante e necessária de análise. OBJETIVO: Entender como o encéfalo se comporta morfologicamente em indivíduos com transtorno dissociativo de identidade. MÉTODO: Foi feita uma revisão sistemática na base de dados PubMed, como recorte temporal os últimos cinco anos, usando os termos “Transtorno Dissociativo de Identidade” e “Anatomia” com o operador booleano AND. Foram incluídos artigos publicados em inglês, totalizando dois artigos. RESULTADOS: Foram encontrados redução da espessura cortical e na área de superfície em indivíduos com TDI em todo o encéfalo. A espessura cortical está significativamente diminuída na ínsula, no giro cingulado anterior e nos córtex parietais, já a área de superfície foi encontrada consideravelmente diminuída nas regiões temporais e córtex orbito frontal. Também houve alterações nos córtex frontais, temporais e amígdalas em pacientes com sintomas dissociativos. CONCLUSÃO: Em síntese, percebe-se que no transtorno dissociativo de identidade há presença de diversas alterações morfológicas, em destaque, uma redução significativa da camada cortical em diferentes regiões cerebrais. Estudo com essa temática ainda são escassos, sendo sugerido que, em caso de dúvidas, uma nova análise neuroanatômica seja realizada para atingir um diagnóstico mais assertivo e a melhor conduta ser tomada.
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