Atualmente, no Brasil, ocorrem inúmeros casos de manifestações preconceituosas, como assassinatos de pessoas do grupo de minorias sexuais e de gênero. Hipotetiza-se que ocorram prejuízos na saúde mental, ocasionados por discriminação da comunidade e de parentes próximos, à população de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer, ou aqueles com orientações sexuais ilimitadas e identidades de gênero (LGBTQIA+). Assim, objetivou-se investigar na literatura científica, os impactos do preconceito social e familiar na saúde mental dos indivíduos LGBTQIA+, na contemporaneidade. Para isso, realizou-se revisão sistemática, com publicações dos últimos cinco anos, nas bases de dados SciELO e BVS, com os descritores do DeCS e estratégias de busca: “LGBT” or “gay” or “lesbian” or “transgender persons” or “homosexuality” or “bisexuality” or “sexual and gender minorities” or “gender identity” or “transsexualism”) AND (“health” or “health policy” or “health services”) AND NOT (“HIV” or “AIDS”). Não houve filtros de busca condicionados por idioma de publicação. Artigos que não atendiam a temática e o objetivo da pesquisa foram excluídos. Selecionaram-se 8 artigos para essa revisão, que demonstram que vítimas de discriminação têm um risco quatro vezes maior de desenvolver depressão ou ansiedade. Além do sofrimento psíquico causado pelo estigma social, ainda há o enfrentamento da população LGBTQIA+ às diversas situações de constrangimento, agressões físicas e verbais e discriminação no âmbito parental, como o acanhamento de pessoas trans que não são chamadas pelo seu nome social. Conclui-se que, apesar da população LGBTQIA+ ter conquistado seu espaço ao longo dos anos, ainda é atual a sua luta contra estigmas, discriminação e preconceitos, além da violência física e verbal. Dessa forma, é necessária a compreensão dessa realidade, para que ocorram ações de educação popular em saúde que combatam a violência, o preconceito e a rejeição aos LGBTQIA+, impedindo o impacto do preconceito na saúde mental dos mesmos.
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