INTRODUÇÃO: Embora a população LGBTQIA+, após anos de luta, tenha alcançado mais direitos e espaço, o estigma contra esse grupo ainda o submete a agressões diversas. Reflexo disso é o fato de pessoas LGBTQIA+ serem mais suscetíveis a problemas de saúde mental do que os heterossexuais, uma vez que o preconceito e a falta de apoio familiar e social promove a exclusão dessa minoria social, comprometendo seu estado de saúde mental, sobretudo na adolescência. OBJETIVO: Avaliar a saúde mental da população LBTQIA+. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão de literatura a partir da base de dados PubMed, em 9 de agosto de 2022, com os descritores “lgbt people” e “mental health”; operador booleano “AND”, filtros free full text e data de publicação de 2016. Foram identificados 24 artigos, com inclusão de 11 artigos que abordavam a saúde mental de pessoas LBTQIA+, e excluídos todos os que se distanciam da proposta deste estudo. RESULTADOS: A análise literária mostrou que o processo de aceitação após a “saída do armário” é doloroso e muitas vezes arriscado para a população LBTQIA+. Isso favorece um maior índice de sofrimento emocional, automutilação, ansiedade, transtornos psiquiátricos e idealizações suicidas, perpassando todas as fases do desenvolvimento. Além disso, muitos se recusam fazer acompanhamento psicológico, e optam pelo uso de substâncias como forma de alívio. Desse modo, o seio familiar tem papel essencial para a redução dessa problemática. CONCLUSÃO: O estudo aponta que o apoio social e familiar diminui significativamente o sofrimento psíquico em pessoas LGBTQIA+, tendo em vista que o estigma sofrido por essa população e o consequente abandono familiar e social são responsáveis pelos problemas de saúde mental em maior frequência entre as pessoas dessa minoria social.
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