INTRODUÇÃO: A depressão pós-parto consubstancia uma complicação relativamente comum – especialmente nas classes mais vulneráveis- e, quando não tratada, possui grande potencial de causar danos ao bem-estar da genitora e do recém-nascido, com destaque para o desenvolvimento cognitivo, emocional e comportamental do último. Em que pese a diversidade de modelos terapêuticos atualmente existentes, suas evidências são limitadas pela escassez de ensaios clínicos randomizados e de estudos de longo prazo, bem como por problemas na amostragem das pesquisas existentes. OBJETIVO: Avaliar a efetividade do arcabouço terapêutico disponibilizado para o tratamento da depressão pós-parto no SUS. MÉTODOS: Consiste em uma revisão integrativa da literatura a respeito do tratamento disponibilizado para as gestantes usuárias do SUS, por meio da seleção de estudos científicos, de forma qualitativa, publicados em periódicos nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Eletronic Library (SciELO) e National Library of medicine (PubMed). RESULTADOS: O Ministério da Saúde recomenda que o tratamento da depressão pós-parto seja realizado, individualmente, com medicamentos antidepressivos e psicoterapia. São atribuídos aos profissionais que estão envolvidos no pré-natal a função de identificar fatores de risco, e às Equipes de Saúde da Família, a prerrogativa de solicitar apoio matricial. Casos graves, por sua vez, são encaminhados ao CAPS (Centos de Atenção Psicossocial). É preciso, porém, reforçar a importância do treinamento dos profissionais de saúde em todos os níveis de assistência, pois a implementação de escalas de triagem, como a de Edinburgh que tem elevada sensibilidade e especificidade, tem a aptidão de minimizar efeitos deletérios para genitoras e prole. CONCLUSÃO: Não obstante a multiplicidade de terapêuticas hodiernamente existentes, conclui-se que a assistência fornecida às parturientes que tratam a depressão pós-parto no âmbito do SUS ainda é bastante limitada, especialmente no nível de prevenção primária.
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