INTRODUÇÃO: Originalmente desenvolvida para o tratamento da esquizofrenia, a eletroconvulsoterapia (ECT) é o único tratamento biológico do século XIX que segue sendo usada atualmente. No caso da depressão, constitui indicação da ECT: intolerância aos efeitos colaterais da medicação antidepressiva ou a falta de resposta positiva ao tratamento. OBJETIVO. Consiste na análise do desempenho da ECT no atual contexto de tratamento de transtornos psiquiátricos. METODOLOGIA: Revisão narrativa de literatura, especialmente de periódicos que versam sobre o presente panorama da eletroconvulsoterapia. Os descritores utilizados foram, de forma isolada e correlacionada, nos idiomas português: “Eletroconvulsoterapia”, “Depressão” e “Eficácia”. Foram eleitos cinco artigos, de acordo com a qualidade das informações proporcionadas na base de dados das plataformas: National Library of Medicine (PubMed) e Scientific Eletronic Library Online (Scielo) em Julho de 2021. RESULTADOS: Vários relatos de caso sugerem que a ECT é um procedimento de baixo risco e alta eficácia para o tratamento de depressão, inclusive durante a gestação, mas aspectos como idade e presença de comorbidades devem ser considerados na decisão da indicação. O efeito adverso mais importante da ECT consiste no déficit de memória. No caso das amnésias anterógrada e retrógrada, observa-se que, normalmente, duram de 1 a 6 meses após o término das sessões e não implicam prejuízo para aquisição e retenção de novas memórias. Fármacos que já foram empregados com objetivo de minimizar e/ou prevenir esse efeito adverso se mostraram ineficazes Apesar de alguns artigos não apontarem contraindicações, alguns relatos descrevem lesões cerebrais ou condições associadas ao aumento da pressão intracraniana, insuficiência cardíaca e hipertensão arterial grave. CONCLUSÃO: O estudo de diversos relatos de caso aponta que remanesce a eficácia da ECT para o tratamento de diversos transtornos psiquiátricos, merecendo destaque a segurança e a utilidade em casos agudos de depressão.
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