INTRODUÇÃO: Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil detém a segunda maior taxa de cesáreas do planeta com 55%. Desde 1985, a comunidade médica internacional considera que a taxa ideal de cesárea: 10%-15%. Assim, percebe-se uma maior tendência à vulnerabilidade da apropriação do corpo da mulher grávida em um falta de planejamento do parto, a colocando em situações de práticas contra sua saúde reprodutiva, a qual condizem com o significado de violência obstétrica, estendendo-se pelo período gestacional, parto e pós-parto, sendo praticada por profissionais de assistência obstétrica. OBJETIVO: Analisar os impactos da violência obstétrica na saúde das mulheres. MÉTODO: Para tanto, foi realizado um levantamento de dados em plataformas de pesquisas científicas, como a SciELO, com a estratégia de busca: “Violência obstétrica”; “Saúde mental”. Foram incluídos artigos publicados nos últimos 10 anos, condizentes com o objetivo do trabalho. RESULTADOS: Foi observado, que as mulheres que estão entre as minorias sociais e de baixo nível socioeconômico são as mais expostas a essa violência. Esta contempla a realização de procedimentos cirúrgicos durante o período da concepção, principalmente sem o consentimento da mulher ou inexistência critérios médicos que preconizem sua necessidade, além de situações de discriminação, racismo, preconceito, agressões físicas, verbais e psicológicas. Por estarem muito vulneráveis, tais situações impactam diretamente na saúde mental dessas mulheres, as quais sofrem prejuízos do tipo: emocional, traumático, aparecimento de comorbidades ou sinais depressivos e o impacto negativo na sua qualidade de vida. CONCLUSÃO: Por fim, este estudo demonstrou que as mulheres vivenciam situações de maus-tratos, desrespeito e negligência, principalmente durante o processo gestacional, bem como a perda da sua autonomia como mulher e do seu direito de decidir sobre assuntos relacionados ao seu corpo, sendo assim uma violação dos direitos humanos por parte dos profissionais de saúde e um atentado a sua dignidade psíquica.
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