INTRODUÇÃO: O abuso de drogas é um problema de saúde pública que provoca modificações desagradáveis como atos de violência, crises familiares e internações hospitalares, colaborando, assim, para a sobrecarga do Sistema Único de Saúde (SUS). Esse problema ganha mais importância nas gestantes. RELATO DE CASO: Mulher de 20 anos comparece em pronto-socorro obstétrico de um hospital público do interior do Piauí com agitação psicomotora, iniciada há dois dias, após impossibilidade financeira de consumo de substância ilícita, a qual faz uso há aproximadamente 4 anos. Não realizou pré-natal e possui um parto vaginal feito há 1 ano. Após estabilização clínica, foram realizados exames laboratoriais que evidenciaram anemia severa e ultrassom obstétrico que confirmou feto com restrição de crescimento intrauterino em idade gestacional de 35 semanas por biometria atual. Com melhora do quadro clínico, a paciente evadiu-se do hospital no dia seguinte, deflagrando trabalho de parto em via pública. Retorna ao hospital trazida por SAMU com feto com sinais de sofrimento. DISCUSSÃO: O uso de substâncias psicoativas no período gestacional vem crescendo, porém, seu diagnóstico ainda é escasso, sendo muitas vezes omitido pelas gestantes e pouco investigado pelos profissionais de saúde. Dessa forma é convertido em um problema de saúde pública, assunto ainda pouco discutido que leva, frequentemente, ao abandono dos cuidados básicos da gravidez com desfechos que muitas vezes comprometem a saúde. CONCLUSÃO: Foram evidenciadas complicações obstétricas e neonatais inerentes à assistência médica insuficiente, em decorrência da dependência química , que é um problema de saúde pública.
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