Introdução: A amamentação é um importante momento para a melhora do envolvimento emocional materno e interação mãe-filho, onde traz benefícios mútuos para a saúde. Entretanto, é perceptível que o puerpério expõe a mãe a diversas demandas, tornando-a mais vulnerável para o surgimento da depressão pós-parto (DPP). A DPP ocorre dentro de 4 a 6 semanas após o parto e os sintomas que podem estar presentes são: humor deprimido, perda de interesse, ansiedade, falta de amor pela criança, irritabilidade. O aleitamento materno é um estimulante psicofísico especial, dessa forma, a interrupção precoce da amamentação tem sido associada à DPP. Objetivo: Entender a importância do aleitamento materno na prevenção da depressão pós-parto. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica, em que foram realizadas buscas on-line nas bases de dados PUBMED e BVS, foram utilizados os seguintes descritores, verificados no DeCS/MeSH e combinados com o operador booleano AND: “Depressão pós-parto” e “Aleitamento materno”. Foi utilizado como critérios de inclusão a escolha de artigos publicados na língua inglesa dentro dos últimos 5 anos. O critério de exclusão foi estudos incompletos. Um total de 4 artigos foram selecionados para a escrita da revisão bibliográfica. Resultados: As mulheres que amamentam desenvolvem DPP com menos frequência, visto que os efeitos hormonais associados à lactação têm efeitos protetores sobre a saúde mental, como os efeitos antidepressivos e ansiolíticos da ocitocina plasmática (OT) e da prolactina. A OT é um hormônio peptídico liberado durante o trabalho de parto e também em resposta à sucção durante a amamentação, tem propriedades ansiolíticas e modera a resposta do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal durante o estresse, os níveis baixos de OT plasmática durante a gravidez e logo após o parto estão associados a sintomas depressivos. Conclusão: O aleitamento materno é essencial para a prevenção de DPP por conta dos efeitos protetores dos hormônios relacionados à lactação.
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