INTRODUÇÃO: A manutenção do estado nutricional é importante para preservação e recuperação da saúde, ainda assim, a desnutrição hospitalar é um evento prevalente na atualidade, contribuindo para o aumento da morbimortalidade, do tempo e custo com a hospitalização, e ainda para a piora da qualidade de vida. OBJETIVOS: Caracterizar o perfil clínico e nutricional dos pacientes críticos internados em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Campo Grande, Mato Grosso do Sul (MS). METODOLOGIA: Estudo de caráter transversal, observacional, de natureza quantitativa, realizado em UTI. Para identificação foram coletados dados como sexo e idade; e a caracterização clinica foi por meio do diagnóstico médico já estabelecido no momento da internação, número de comorbidades e número de dias de internação na UTI. Para avaliação antropométrica, peso e altura, real ou estimado (utilizando a circunferência do braço e altura do joelho) e posterior classificação do estado nutricional pelo Índice de Massa Corpórea (IMC). E para avaliação da gravidade da doença e possível falha orgânica sequencial foram utilizados os score APACHE II e SOFA, respectivamente. RESULTADOS: Participaram da pesquisa 59 pacientes críticos, sendo os principais motivos de internação: Problemas respiratórios (33,9%), choque séptico e sepse (23,7%). Predominância de participantes do sexo masculino (55,9%), desses 40,4% dos adultos e 58,6% dos idosos. Dentre os participantes 28,8% apresentavam-se com IMC com classificação baixo peso, 49,2% eutróficos e 22,0% sobrepeso/obesidade. Bem como, 34% dos adultos e 66% dos idosos apresentavam mais de 2 comorbidades, e estavam mais de 15 dias internados na UTI. Houve predominância no escore APACHE II entre 20 - 28 (70,2%) e pontuação SOFA entre 6 - 9 (47,5%). CONCLUSÃO: Observou-se que o perfil clinico dos pacientes críticos internados na UTI são homens, idosos, com caráter nutricional baixo peso, apresentam mais de 2 comorbidades, predominância em doença respiratória e permanecimento superior à 15 dias de internação no CTI, manifestando prognóstico da gravidade da doença alto, corroborando para piora do estado nutricional. Portanto, faz necessários mais estudos para possibilitar melhor compreensão das correlações entre os fatores que elevam o risco nutricional e do desfecho clinico.