Introdução: o acompanhamento farmacoterapêutico é definido como um processo pelo qual o farmacêutico é responsável pelas necessidades do paciente quanto aos medicamentos, por meio da detecção, prevenção e resolução de Problemas Relacionados a Medicamentos (PRM), de forma contínua e documentada, com o objetivo de atingir resultados expressivos que melhorem sua qualidade de vida. Objetivo: relato de experiência vivenciado por farmacêuticas residentes pertencentes a um Programa de Residência em Atenção ao Paciente Crítico. Metodologia: foram realizadas ações decorrentes ao acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes internados em alguns setores do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian – HUMAP/UFMS, no decorrer dos meses de março a junho de 2019. Durante este período, realizou-se uma análise criteriosa dos medicamentos prescritos aos pacientes, levando em conta a indicação, dose e posologia. Posteriormente, foram identificadas as interações medicamentosas, repassadas as equipes dos setores através do preenchimento de um formulário e intervidas quando necessário. Esse processo também foi realizado para incompatibilidades de administração em Y, sugerindo alterações adequadas, quando necessário. Sendo também observadas possíveis interações com alimentos. Resultados: diante do exposto, notou-se uma grande quantidade de interações medicamentosas que podem ocorrer devido ao aprazamento de horários de medicação padrão do hospital, desta forma a investigação de interações medicamentosas e incompatibilidades em Y é de extrema relevância para que seja feita a alteração dos horários de administração ou troca desses medicamentos baseado em evidências. Conclusões: a participação do farmacêutico nas atividades clínicas diárias das unidades de internação foi um grande avanço conquistado durante o período do estudo, permitindo identificar os problemas relacionados à farmacoterapia. A partir dos problemas encontrados, foram elaboradas recomendações farmacêuticas, a fim de minimizar possíveis danos aos pacientes. O benefício do envolvimento do farmacêutico nas atividades clínicas pode ser confirmado pela grande quantidade de problemas encontrados relacionados à farmacoterapia. Estes quando evitados, trazem melhores desfechos clínicos ao paciente e impactam diretamente na redução dos custos hospitalares.