Introdução: A miastenia gravis é uma doença autoimune, os anticorpos se ligam aos receptores da acetilcolina ou a moléculas funcionalmente relacionadas a membrana pós-sináptica na junção neuromuscular causando fraqueza e fadiga dos músculos esqueléticos. Essa fraqueza muscular pode ser generalizada ou local, quase sempre inclui os músculos oculares causando diplopia e ptose. O tratamento depende da idade do sujeito, da gravidade da doença, pelo acometimento dos músculos bulbares, respiratórios e pelo ritmo de progressão. Objetivo: Descrever a reabilitação do paciente com Miastenia Gravis. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, vivenciado pelas residentes do programa de Residência Multiprofissional, em um hospital de Campo Grande-MS. Resultados: Paciente do sexo masculino, 37 anos, admitido no dia 11/09/18, com quadro de crise de Miastenia Gravis, em uso de traqueostomia (TQT) nº8,0 cuff desinsuflado, ausência de ptose, dieta por via oral tipo branda caldeada, em uso de fralda, locomovendo-se com cadeira de rodas auxiliado por terceiros. No 2º dia de internação foi inserido pela fonoaudióloga válvula fala na TQT havendo boa aceitação do paciente, facilitando assim a sua comunicação. Após 2 semanas de internação, a dieta evoluiu para livre. A enfermeira em conjunto com a psicóloga trabalharam o autocuidado deste sujeito, onde o mesmo iniciou a utilização do coletor de urina e no vaso sanitário realizava as eliminações intestinais. Durante os atendimentos da fisioterapia o paciente obteu ganhos na força motora, possibilitando a sua independência para locomover-se na cadeira de rodas, por conseguinte realizando as eliminações fisiológicas apenas no vaso sanitário, potencializando o seu autocuidado. A farmacêutica realizou orientações a respeito das medicações, sendo elas: Piridostigmina e micofenolato de sódio, visando a importância da adesão ao tratamento, na pós alta hospitalar. Decanulado no dia 07/02/19. Após 25 semanas de internação o paciente iniciou treino de marcha com andador de quatro pontos, sobre supervisão da fisioterapeuta. Conclusão: A atuação da equipe multiprofissional é de extrema importância, o paciente foi atendido em sua singularidade, visando a melhora do seu biopsicossocial, contribuindo para a sua independência e qualidade de vida.