Perfil dos pacientes com acidente vascular cerebral com necessidade de suporte intensivo após introdução de uma Unidade de AVC

  • Autor
  • Fernanda Almeida Andrade
  • Co-autores
  • Fabiano Serafim dos Santos , Mayse Marcelly Peixoto Ribeiro , Thiago Dias Fernandes , Raquel Luciana Angela Marques Tauro Domingos , João Américo Domingos , Gabriel Pereira Braga
  • Resumo
  • Introdução: Uma Unidade de AVC é um espaço geograficamente delimitado com leitos dedicados a pacientes com AVC. Trata-se de uma estratégia de comprovada redução na morbimortalidade por oferecer prevenção, identificação e tratamento precoce das complicações clínicas e neurológicas esperadas após um AVC. O impacto da implantação de uma unidade pode ser mensurado como diminuição do tempo de internação, maior investigação etiológica e ainda diminuição das complicações. Objetivo: determinar o perfil clínico dos pacientes com AVC e necessidade de terapia intensiva após a introdução de uma unidade de AVC. Métodos: foram avaliados pacientes consecutivos internados na UAVC HUMAP no período de maio a julho de 2019. Foram coletados dados clínicos, epidemiológicos e de investigação etiológica como parte do programa de melhora de qualidade. Como suporte intensivo foi definido a necessidade de ventilação mecânica por insuficiência respiratória ou rebaixamento grave do sensório com risco de broncoaspiração. Os pacientes foram seguidos até a alta. As comparações entre grupo intensivo e não intensivo foram realizadas com os testes chi quadrado, exato de Fischer ou Mann-Whitney quando pertinente. Resultados: No período de estudo foram internados 68 pacientes, 18 excluídos da análise por outros diagnósticos (stroke mimics) ou ataque isquêmico transitório. Dos 50 pacientes incluídos, a média de idade foi de 64,8 (±13,9) anos, 29 (58%) do sexo masculino e 45 (90%) com diagnóstico de AVCi sendo 16 (35,5%) deles trombolisados. Suporte intensivo foi indicado para 9 (18%) pacientes, 5 complicados em enfermaria após alta da uAVC. As indicações mais comuns sepse 6 (5 PNM e 1 ITU) e hipertensão intracraniana em 3 pacientes (2 hematomas cerebrais). A frequência de desfechos desfavoráveis (Rankin 5 e 6) foi maior entre este grupo. Não foi observado aumento na frequência de indicação de suporte intensivo entre pacientes com AVCi trombolisados. Pacientes diabéticos [6(60%) vs 4(40%) p = 0,043], com NIHSS mais altos na entrada [20(14-22) vs 8(3-15) p <0,001], tiveram maior chance de necessitar de suporte intensivo. Conclusão: A Unidade de AVC pode funcionar como uma estratégia poupadora de leitos de UTI, todavia medidas são necessárias para prevenção e controle de sepse neste ambiente.

  • Palavras-chave
  • Acidente Vascular Cerebral; Sepse; Cuidados críticos
  • Área Temática
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