Exercício físico como estratégia terapêutica no paciente com Diabetes Mellitus tipo 2 na Atenção Primária à Saúde

  • Autor
  • WILLIAN SOUZA MARTINS
  • Co-autores
  • RAIELLY COUTINHO BARBOSA
  • Resumo
  •  

    Introdução: A Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é uma condição crônica de alta prevalência, responsável por significativa demanda de atendimentos na Atenção Primária do Sistema Único de Saúde (SUS). O manejo adequado da doença requer estratégias integradas de cuidado, que associem o tratamento farmacológico a medidas de promoção da saúde e modificação do estilo de vida. O exercício físico (EF) destaca-se como um dos pilares do controle glicêmico, por atuar na sensibilidade à insulina, na regulação do metabolismo da glicose e na prevenção de complicações.  E tem recebido atenção crescente por seu efeito positivo na redução da hemoglobina glicada (HbA1c) e no aumento da massa muscular, fatores diretamente relacionados à melhora do perfil metabólico de pessoas com DM2. Objetivo:  Analisar, com base na literatura científica, o papel do EF como estratégia terapêutica complementar no controle glicêmico de pacientes com DM2 acompanhados na Atenção Primária à Saúde. Métodos:  Foi realizada uma revisão narrativa com base em estudos clínicos randomizados e revisões sistemáticas disponíveis nas bases PubMed e SciELO, que avaliaram os efeitos do EF sobre a HbA1c, glicemia de jejum e parâmetros funcionais em indivíduos com DM2. Pesquisou-se também intervenções no contexto da atenção primária e programas de EF desenvolvidos no âmbito do SUS. Resultados:  As evidências apontam que o EF supervisionado, quando aplicado de forma estruturada e progressiva, reduz significativamente os níveis de HbA1c e melhora o controle metabólico. Ensaios clínicos demonstraram reduções médias de 0,5% a 1,0% na HbA1c após 12 a 16 semanas de treinamento de força, principalmente em protocolos que envolvem três sessões semanais e progressão gradual de carga. Estudos realizados em Unidades Básicas de Saúde (UBS) no Brasil, demonstram que pacientes fisicamente ativos apresentam melhor controle metabólico, menor necessidade de atendimento ambulatorial e maior qualidade de vida. Pesquisas de intervenção conduzidas em UBS’s indicaram que programas simples, como caminhadas orientadas e circuitos de resistência, são eficazes na melhora da capacidade funcional e na redução da glicemia e da HbA1c. Programas como a Academia da Saúde representam espaços adequados para a implementação dessas práticas, permitindo a realização de atividades físicas regulares sob orientação de profissionais capacitados. Conclusão: Além dos efeitos metabólicos, o EF promove aumento da massa magra, redução da resistência à insulina e melhora da autonomia funcional, contribuindo para a prevenção de quedas e o envelhecimento saudável. Constitui uma intervenção eficaz, segura e de baixo custo para o manejo da DM2. Sua aplicação na Atenção Primária é satisfatória para o controle glicêmico, melhora funcional e prevenção de complicações, fortalece as políticas públicas de promoção da saúde e o cuidado integral ao paciente com DM2.

  • Palavras-chave
  • Diabetes Mellitus tipo 2; Exercício resistido; HbA1c; Atenção Primária à Saúde; SUS
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Crônicas
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Este volume reúne os resumos aceitos e apresentados no congresso, disponibilizados em formato digital para ampliar o acesso ao conhecimento e valorizar a produção acadêmica e profissional dos participantes. Trata-se de um mosaico de ideias, pesquisas, experiências e reflexões que expressam a pluralidade e a riqueza da saúde preventiva em suas diversas dimensões — clínica, social, ambiental, tecnológica e educacional.

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Que os Anais do I Congresso Paraense de Saúde Preventiva contribuam para fortalecer uma cultura de conhecimento, inovação e responsabilidade coletiva — bases essenciais para uma saúde verdadeiramente transformadora.

Belém, dezembro de 2025
Sociedade Médico Cirúrgica do Pará – SMCP

 

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