PREVALÊNCIA E PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO PARÁ: UMA DÉCADA DE ANÁLISE (2015-2024)

  • Autor
  • Beatriz de Lima Moura
  • Co-autores
  • Maria Fernanda Buge Figueredo , Jamilly de Cássia Oliveira de Medeiros , Wevellyn Lunara Sousa Miranda , Nathally de Paula da Cunha Alves
  • Resumo
  •  

    Introdução: A hanseníase, doença infectocontagiosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, permanece um grave problema de saúde pública em países subdesenvolvidos e populosos, como Brasil, Índia e Indonésia. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil concentra 92% dos casos registrados nas Américas, o que demonstra a urgência  dos estudos epidemiológicos dessa agravo no país, sobretudo dos estados da Região Norte, que apresentam grandes concentrações de casos notificados. Objetivo: Calcular a prevalência dos casos de hanseníase no estado do Pará entre os anos de 2015 a 2024, identificando os perfis epidemiológicos mais afetados e os municípios com maior carga da doença. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e retrospectivo, baseado em notificações de hanseníase no Pará, durante o período de janeiro de 2015 a dezembro de 2024. Os dados foram coletados a partir dos registros no Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), por meio da seleção das variáveis: ano de notificação, município de notificação, tipo de saída, sexo, faixa etária e forma clínica. Os dados foram utilizados para calcular a prevalência da hanseníase entre os municípios paraenses. Resultados: Foram registrados 28.280 casos no período. A prevalência calculada foi de 0,33 casos por 100 habitantes no período de 10 anos, e, os anos com maior incidência  foram de 2015, 2019, 2018, 2017 e 2016, respectivamente. Entre os municípios paraenses com maiores números de notificações estão Marituba (3.762 casos), Belém (2.044 casos), Marabá (1.386 casos) e Parauapebas (1.315 casos). No que se refere ao sexo dos pacientes, cerca de 63% dos casos notificados foram entre pessoas do sexo masculino e 36% eram do sexo feminino. Quanto à faixa etária, grande parte dos casos foram entre pessoas do intervalo de idade de 30 a 39 anos (5.293 casos), 40 a 49 anos de idade (5.138 casos) e de 50 a 59 anos (4.432 casos). Conclusão: Os dados evidenciam  que a hanseníase prevaleceu entre municípios de maior densidade populacional e com acesso facilitado aos serviços de saúde, o que reflete a importância dos investimentos em promoção e prevenção em saúde. Além disso, predominou em pacientes do sexo masculino, que geralmente estão expostos a maiores fatores de risco, e em pessoas adultas, com números menores entre pacientes infantis e idosos. Portanto, cabe ressaltar a importância da captação de pacientes, por meio de busca-ativa, e investimento nos serviços de saúde, sobretudo em regiões subdesenvolvidas, a fim de promover o combate à ascensão dos casos de hanseníase no estado do Pará.

  • Palavras-chave
  • Mycobacterium leprae, Infecções bacterianas, Epidemiologia.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Prevenção e Controle de Doenças Infecciosas e Endêmicas
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Belém, dezembro de 2025
Sociedade Médico Cirúrgica do Pará – SMCP

 

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