DIAGNÓSTICO SITUACIONAL COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM EM SAÚDE COLETIVA: EXPERIÊNCIA EM COMUNIDADE DA AMAZÔNIA PARAENSE

  • Autor
  • Maria Eduarda Rodrigues Martins
  • Co-autores
  • Jamyly Araújo Queirós , Gabriel de Souza Rodrigues2 , Milena Checon Gratão e Silva , Iury Gabriel Siqueira Macedo
  • Resumo
  • Introdução: A formação médica contemporânea exige profissionais capazes de compreender os determinantes sociais da saúde e atuar sobre eles. Fatores como renda, moradia, educação, saneamento e acesso a serviços públicos influenciam diretamente o processo saúde-doença. No contexto amazônico, essas desigualdades são intensificadas pela carência estrutural e pela vulnerabilidade social. Um município do interior do Pará exemplifica esse cenário, apresentando limitações no acesso à água tratada e descarte de resíduos, o que agrava as condições de saúde da população. O diagnóstico situacional torna-se, assim, ferramenta essencial para compreender as necessidades locais e planejar intervenções eficazes em saúde coletiva. Objetivo: Relatar a experiência de identificação dos principais determinantes sociais de saúde em um bairro periférico amazônico, utilizando a metodologia da problematização pelo Arco de Maguerez no contexto da formação médica. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência descritivo, realizado em uma Unidade Básica de Saúde localizada em território de vulnerabilidade social de um município do interior do Pará, como parte da disciplina de Integração Ensino-Serviço-Comunidade do curso de Medicina. Aplicou-se o Arco de Maguerez em suas cinco etapas: observação da realidade, identificação de pontos-chave, teorização, hipóteses de solução e retorno à realidade. Foram realizadas visitas à comunidade, aplicação de questionários com moradores e rodas de conversa com profissionais de saúde, abordando aspectos de saneamento, infraestrutura, acesso a serviços e redes de apoio social. Resultados e Discussão: O diagnóstico situacional evidenciou vulnerabilidades como abastecimento irregular de água, descarte inadequado de resíduos, carência de medicamentos e limitações estruturais na unidade de saúde. A violência e a baixa escolaridade também foram identificadas como fatores que ampliam a vulnerabilidade social. Entretanto, destacaram-se potencialidades locais, como o papel das igrejas, da associação de moradores e da presença de instituições de ensino, que fortalecem ações educativas e o letramento em saúde. A metodologia ativa utilizada permitiu integrar teoria e prática, fortalecendo o protagonismo estudantil e a formação crítica. Conclusão: A experiência possibilitou compreender como os determinantes sociais influenciam diretamente a saúde das populações amazônicas e demonstrou a importância de estratégias intersetoriais para enfrentar desigualdades. O Arco de Maguerez mostrou-se eficaz ao estimular o pensamento crítico e o engajamento comunitário. O diagnóstico situacional forneceu base para propor intervenções sustentáveis e políticas públicas locais efetivas, fortalecendo a integração entre ensino, serviço e comunidade e reforçando a necessidade de uma formação médica sensível e comprometida com os princípios do SUS.

     

    Descritores: Determinantes sociais da saúde; Educação médica; Saúde coletiva; Vulnerabilidade social; Amazônia Paraense.

  • Palavras-chave
  • Determinantes sociais da saúde; Educação médica; Saúde coletiva; Vulnerabilidade social; Amazônia Paraense.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Políticas Públicas, Gestão e Educação em Saúde Preventiva
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Que os Anais do I Congresso Paraense de Saúde Preventiva contribuam para fortalecer uma cultura de conhecimento, inovação e responsabilidade coletiva — bases essenciais para uma saúde verdadeiramente transformadora.

Belém, dezembro de 2025
Sociedade Médico Cirúrgica do Pará – SMCP

 

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