Internações por malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas na Amazônia: um estudo epidemiológico de 2015 a 2025

  • Autor
  • João Neto Lopes Gomes
  • Co-autores
  • Manoel Siebra Lopes Neto , Brenda Leticia Amaral de Souza , Isabela Calandrini Serruya , Fernanda Távora Dos Santos
  • Resumo
  • Introdução: As malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas são causas relevantes de morbidade e mortalidade, sobretudo no período neonatal, configurando desafio para os serviços de saúde. Na Região Amazônica, marcada por vasto território e desigualdades no acesso a cuidados especializados, compreender a distribuição dessas condições é essencial para orientar ações de prevenção, diagnóstico precoce e fortalecimento da atenção materno-infantil. A análise desse cenário contribui para reduzir desigualdades e subsidiar investimentos em serviços de maior complexidade. Objetivo: Descrever o perfil das internações por malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas na Região Norte do Brasil entre 2015 e 2025, analisando sua distribuição por estado e faixa etária. Metodologia: Estudo descritivo com dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, referentes ao período de janeiro de 2015 a agosto de 2025, considerando internações classificadas no Capítulo XVII da CID-10 para residentes da Região Norte. Analisou-se a distribuição entre estados e faixas etárias. Resultados: No período, registraram-se 62.075 internações na Região Norte. O Pará concentrou 25.997 casos e o Amazonas 15.419, totalizando cerca de 66% das internações regionais. Rondônia apresentou 7.579 internações, Tocantins 5.534, Acre 3.635, Roraima 2.763 e Amapá 1.148. A concentração nos estados com maior infraestrutura sugere deslocamento de pacientes de áreas com menor capacidade assistencial para centros regionais de referência. Quanto à distribuição etária, observou-se predominância em crianças pequenas: 20.852 internações em menores de 1 ano (cerca de um terço do total), 14.384 entre 1 e 4 anos e 8.725 entre 5 e 9 anos, somando mais de 70% das internações. Em adolescentes, registraram-se 5.424 internações entre 10 e 14 anos e 2.388 entre 15 e 19 anos. Em adultos e idosos, houve redução progressiva, embora alguns casos indiquem necessidade de acompanhamento prolongado. A concentração dos casos na infância e em estados com maior capacidade hospitalar evidencia relação entre impacto das condições congênitas, qualidade do pré-natal, triagem neonatal e oferta de serviços especializados em genética e cirurgia pediátrica. As desigualdades regionais reforçam a importância de ampliar a capacidade diagnóstica e terapêutica em áreas periféricas da Amazônia, reduzindo deslocamentos e desigualdades de cuidado. Conclusão: As malformações congênitas e anomalias cromossômicas constituem importante problema de saúde pública na Região Norte, afetando predominantemente crianças e concentrando-se em centros de maior complexidade. O fortalecimento da rede materno-infantil, a ampliação da triagem neonatal e o investimento em serviços especializados são essenciais para promover cuidado integral e equitativo às famílias afetadas.

  • Palavras-chave
  • Malformações Congênitas, Saúde da Criança, Anomalias Cromossômicas
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Políticas Públicas, Gestão e Educação em Saúde Preventiva
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Belém, dezembro de 2025
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